A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA revelou na noite deste domingo (4/3), os vencedores do da sua 90ª edição. E deu México na cabeça. Bem, mais ou menos.
No Oscar 2018, quem saiu vencendo mesmo foi a diversidade. Ode à aceitação do diferente e ao amor acima de tudo, A Forma da Água saiu como o filme do ano. Melhor filme, diretor – para o mexicano Guillermo del Toro – trilha sonora e desenho de produção, totalizaram quatro estatuetas para a fábula.
Ainda sobre o México e suas inspirações, a animação da Disney/Pixar, Viva: A Vida é uma Festa, que versa sobre lendas e tradições mexicanas, venceu nas cetgorias de melhor filme de animação e canção original (“Remember Me”).
A categoria de filme estrangeiro premiou o chileno Uma Mulher Fantástica, uma bela obra que celebra não apenas a diversidade sexual, mas é também um grito de socorro.
Depois de vencer os principais prêmios que antecediam ao Oscar (Globo de Ouro, SAG, BAFTA), Três Anúncios para um Crime bateu na trave, mas voltou para casa com duas grandes categorias: melhor atriz, Frances McDormand, e ator coadjuvante, Sam Rockwell.
Gary Oldman ganhou o Oscar de melhor ator, ao encarnar Churchill em O Destino de Uma Nação, e foi ovacionado de pé. O drma histórico de Joe Wright também venceu o prêmio de melhor maquiagem & cabelos, que ajudou (e muito) ao ator inglês em sua caracterização assombrosa.
Entre os vencedores de roteiro, no original ganhou o sucesso-surpresa do ano, Corra!, de Jordan Peele, enquanto Me Chame Pelo Seu Nome venceu como adaptado, para James Ivory, agora a pessoa mais velha a ganhar um Oscar, aos 89 anos.
Encerrando a lista dos prêmios principais, Allison Janney confirmou o favoritismo e levou a estatueta de atriz coadjuvante (Eu, Tonya). Confira a lista completa dos vencedores:
Guillermo del Toro (“A Forma da Água”)
Gary Oldman (“O Destino de uma Nação”)
Frances McDormand (“Três Anúncios para um Crime”)
Sam Rockwell (“Três Anúncios para um Crime”)
Melhor atriz coadjuvante
Allison Janney (“Eu, Tonya”)
Melhor filme estrangeiro
“Uma Mulher Fantástica” (Chile)
Melhor filme de animação
“Viva: A vida é uma festa”
“Me Chame Pelo Seu Nome” (James Ivory)
“Blade Runner 2049” (Roger Deakins)
Melhor canção original
“Remember me”, de “Viva: A vida é uma festa”
Melhor documentário
“Icarus”
Melhor documentário de curta-metragem
“Heaven Is a Traffic Jam on the 405”
Melhor curta-metragem
“The Silent Child”
Melhor curta-metragem de animação
“Dear Basketball”
Opinião do editor
A Forma da Água (The Shape of Water, 2017) de Guillermo Del Toro: Um romance entre uma faxineira muda (Sally Hawkins), e uma criatura aprisionada em uma base militar secreta, nos EUA dos anos 60, é fábula poética sobre um amor inesquecível. Diferentes na forma, eles são muito parecido em contéudo. Elisa sempre esteve mergulhada em um dia a dia turvo, presa numa vida de isolamento. A “Forma” está preso como experiência, e ao ser torturado tudo que pode fazer é resistir. De roteiro original onírico, que salienta o ato de aceitar as diferenças de todos, igualmente, a obra(prima) naturalmente levanta questões relevantes ao nosso tempo, como o medo do desconhecido, a luta contra a opressão, o poder da bondade e o amor acima de tudo [Clique aqui para ler a crítica completa].