Magic Mike XXL (Idem, 2015) de Gregory Jacobs
O filme: três anos após Mike (Channing Tatum) ter deixado a vida de stripper durante o auge de sua carreira, ele reencontra os demais Reis de Tampa também prontos para jogar a toalha. Porém, a trupe de strippers quer sair de cena em alto estilo: incendiando uma convenção nacional de strippers com uma última performance.
No caminho para o seu show final, com uma parada estratégica em Jacksonville e Savannah para rever os velhos conhecidos e fazer novas amizades, Mike e os Reis de Tampa aprendem alguns novos movimentos e relembram o passado de forma leve e descontraída.
Porque assistir: recomendado para quem é fã do primeiro filme, e que se delicia com as performances dos strippers sarados e, é claro, de Channing Tatum (Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo, 2014).
Na direção, sai o vencedor do Oscar Steven Soderbergh (Traffic, 2000), e entra o produtor e primeiro assistente de direção do original, Gregory Jacobs. Em seu pequeno currículo como cineasta a refilmagem cômica de golpe, 171 (2004) e o suspense de horror, Estrada Maldita (2007).[tribuna-veja-tambem id=”10253″ align=”alignright”]
Antes meros estereótipos, estão de volta Joe Manganiello (o bem dotado), Kevin Nash (Tarzan), Matt Bommer (Ken humano), Adan Rodriguez (Tito) e Gabriel Iglesias (o DJ Tobias, que se torna o motorista engraçadinho do grupo), agora com alguma história em torno de seus personagens.
Melhores momentos: quando, sem querer, a música de Magic Mike toca em uma playlist aleatória, e Channing Tatum relembra seus melhores momentos. Há também referências engraçadinhas com citações de Harry Potter, Crocodilo Dundee e Backstreet Boys.
A dança com água e batatinha dentro de uma loja de conveniência é engraçadinha, mas a melhor cena é a sequência em que Andie MacDowell (Quatro Casamentos e um Funeral, 1994) comanda uma festa com lobas de meia idade em sua casa. Repare também na sedução de Joe Manganiello pra cima da veterana charmosa, que tira de letra.
Pontos fracos: o elenco perdeu seu melhor personagem, Dallas, na pela de Matthew McConaughey, enquanto a presença de Jada Pinket Smith (Colateral, 2004) como Rome, é triste. O romance inventado entre Mike e uma aprendiz de fotógrafa não engata e é apenas desinteressante e a amizade reatada não convence muito.
Completamente diferente do primeiro, o que era um drama sobre como vencer na vida, com percalços como drogas, sonhos, dinheiro fácil e escolhas, virou um filme de estrada (road-movie). No final é uma aventura cômica sem nenhum tipo de conteúdo, de puro exibicionismo.
Na prateleira da sua casa: lançamento da Warner em DVD e Blu-ray (preço sugerido R$ 69,90), a versão nacional trará os mesmos extras da edição americana: Os movimentos de Magic Mike XXL; A dança de Malik em cena estendida; trailer.