Uma Longa Jornada (The Longest Ride, 2015) de George Tillman Jr.
O filme: aos 91 anos, com a saúde debilitada e sozinho no mundo, Ira Levinson (Alan Alda) sofre um acidente de carro e se vê abandonado em um lugar isolado. Ele luta para manter a consciência e passa a ver sua amada esposa Ruth (Oona Chaplin), que faleceu há nove anos.
A poucos quilômetros de distância, a bela Sophia Danko (Britt Robertson) conhece o jovem cowboy Luke (Scott Eastwood), que a apresenta a um mundo de aventuras e riscos. De forma inesperada, os dois casais vão ter suas vidas cruzadas.
Porque assistir: não como se negar, os livros de Nicholas Sparks tem público muito grande. Já são mais de 95 milhões de cópias vendidas, e muitas delas adaptadas para as telas de cinema com sucesso.
Entre as adaptações mais queridas pelo público estão Uma Carta de Amor (1999), Um Amor Para Recordar (2002), Diário de uma Paixão (2004), Querido John (2010) e A Última Música (2010).
Então, para quem gosta de um ou mais desses filmes da lista, esse novo Uma Longa Jornada flerta com os bons momentos de Diário de uma Paixão e a jovem paixão ao estilo de Querido John.
No elenco, Scott Eastwood, de Corações de Ferro (2014) e do esperado Esquadrão Suicida (2016). Filho de Clint, ele lembra o pai fisicamente, mas não tem o carisma do pai. Ainda. Seu par é a apenas bonitinha Britt Robertson, de Cake – Uma Razão para Viver (2014) e Tomorrowland (2015). Os dois fazem o jovem casal, da história no presente.
Os melhores em cena são aqueles que dizem respeito a história do passado. Oona Chaplin (O Dublê do Diabo, 2011) como a jovem Ruth é um encanto, e seu par, o contido (mas bom) Jack Huston (Trem Noturno para Lisboa; Versos de um Crime; e Trapaça, todos de 2013), o novo Ben-Hur do remake de 2016. O veterano Alan Alda (MASH, 1972) fecha a conta, como o velho Ira, e o faz com tranquilidade.
“O que diferencia este filme das outras adaptações do meu trabalho é a sua qualidade épica e a história dupla de amor. É sobre a forma como as duas histórias de amor se entrelaçam” (Nicholas Sparks, escritor)
Melhores momentos: sem dúvida, todo o flashback e a bela história de amor envolvendo Ira e Ruth, que vão inspirar a paixão atual dos mais jovens.
Pontos fracos: a história que se passa nos dias atuais demora a engrenar, e a empolgação travada por questões pessoais não conseguem ter o mesmo nível e força emocional que a história do passado. E o longa estica um pouco na duração, que não chega a ser uma longa jornada, literalmente, mas uns 20 minutos a menos varia bem ao romance.
Na prateleira da sua casa: disponível em Filme/Cópia Digital HD para compra na iTunes Store, Google Play e Play Station e para locação antecipada no Google Play, Play Station, NET, OiTV e Vivo, e em DVD (R$ 39,90) e Blu-ray (R$ 69,90) a partir do dia 26 de agosto, pela Fox-Sony Pictures Home Entertainment.
Os extras no DVD são os especiais Conheça os verdadeiros vaqueiros; A escola de montar touros de Luke; Comentário em Áudio; Galeria; Trailer. Além destes acima, o Blu-ray apresentam também: Cenas Excluídas e Estendidas; A jornada de um escritor: Um Dia na Vida de Nicholas Sparks; Por Trás da Jornada; Dando Vida à História.
Do mesmo diretor do drama Homens de Honra (2000) e da fita de ação Rápida Vingança (2010), o novo romance é um típico filme baseado em Nicholas Sparks. Diálogos melosos, dramas que entrançam pelo meio (dificultando o romance) e um final bonitinho. E entre as duas histórias paralelas contadas, há uma clara vantagem para a do passado, quem compensa a atual. Uma bonita história de amor.