Tron – O Legado (Tron: Legacy, 2010) de Joseph Kosinski
O filme: Jeff Bridges é Kevin Flynn, o criador do mundo de Tron e desaparecido na fronteira digital, que fez a sua empresa conquistar o mundo dos games e programas. Anos depois cabe a seu filho, Sam (Garrett Hedlund) retornar ao seu escritório e se transportar ao mundo de Tron, em busca da verdade.
Porque assistir: em 1982, a Disney lançou um projeto ousado, o qual na trama, um gênio da informática criava um mundo virtual e ao se transportar para lá ficava preso dentro do programa de computador. Muito à frente do seu tempo, teve problemas na produção, estouro de orçamento e bilheteria abaixo do esperado. Com o tempo, a ficção se tornou cult, e 28 anos depois, sua continuação, finalmente faz jus às suas idéias visuais, com todos os efeitos (tridimensionais, especiais e sonoros), cores e luzes que o original Tron – Uma Odisséia Eletrônica, deveria ter.
Melhores momentos: Sam liga as luzes do escritório e escutar a mesma música (“Sweet Dreams”), o sentimento de nostalgia é imediato em meio a tantos fliperamas. Quando entra no mundo virtual (bem real) de Tron, o público vai junto! Numa fantástica conjunção de neons, linhas frias e clima futurista. O uso do efeito 3D aposta na imersão ao trazer a profundidade visual e um resultado lúdico.
A fantasia ganha vida. A cena prévia dos jogos, a arena, a batalha das motos… Demais! A ação pulsa na orgia visual e é praticamente ininterrupta até sua metade. E quando Clu, o jovem Jeff Bridges, fala para um ainda perplexo Sam, “I´m not your father” (Eu não sou seu pai), soa como uma homenagem ao clássico Star Wars, mesmo ao adicionar a palavra ‘não’ na frase tão conhecida. Ah, e o um reencontro emocionante seguida da explicação básica que une o primeiro e o segundo Tron.
Pontos fracos: em parte, a repetição da história do primeiro.
Na prateleira da sua casa: um filme bacana que é um videogame em essência. Mas não menos interessante e divertido. Uma ficção brilhantemente assinada pelo jovem Joseph Kosinski, que transformou o desafio em vitória. O rejuvenescimento de Jeff Bridges é um trabalho espetacular de efeitos, muito, mas muito especiais.
Há ainda espaço para batalhas espaciais, um confronto de criador vs. criatura e uma ponta do Daft Punk, discotecando o próprio som (da trilha sonora original), numa sacada genial em tom de reverência.
Indicado ao Oscar de efeitos visuais.
Extras:
Daft Punk – “Derezeed”
Prévia
Carros de Tron
Tron: instalação artística