Tese Sobre um Homicídio (Tesis sobre un homicidio, 2013) de Hernán Goldfrid
O filme: Roberto Bermudez (Ricardo Darín) é um advogado criminalista que dá aulas em uma faculdade. Quando ele começa a investigar o caso de um brutal assassinato, passa a desconfiar que um de seus melhores alunos possa ser o autor do crime. O que era uma vida fria e calculada, se torna um caos.
Porque assistir: duas palavras, Ricardo Darín. Ele é melhor que filme numa fita correta. Um thriller meio hollywoodiano até, na pele de um professor de teoria jurídica adorado pelo passado e de perspicácia imensa ao analisar os detalhes dos crimes investigados.
Melhores momentos: acender e tocar fogo com a tensão existente na mente do protagonista, onde existem alguns espaços para a imprevisibilidade e incertezas. Algumas interrogações permanecem até a última cena outras são jogadas na tela. A sequência na exposição, com o uso de espelhos é bem interessante e compõe bem o filme.
Pontos fracos: os flashbacks praticamente desenham a trama de crime e investigação. Assim, somos tragados para as respostas mais simples e até alguma obviedade da trama. O excesso de pistas possíveis também, como a borboleta, o presente/abridor de cartas, o cabelo curto das vítimas.
Na prateleira da sua casa: baseado no romance de pinçada de um romance de Diego Paszkowski, a fita argentina de Hernán Goldfrid traz um personagem central bem construído em conteúdo (ex-advogado, agora professor; praticamente de boxe; com o peso de perder a esposa; e de movimentos calculados, como a mania de usar a moeda em momentos de minúcias), com um protagonista a altura – Darín. Um bom policial, mas Darín merece mais, muito mais.