[tribuna-veja-tambem id=”9806″ align=”alignleft”]Terremoto: Falha de San Andreas (San Andreas, 2015) de Brad Peyton
O filme: depois que a famosa Falha de San Andreas finalmente cede e um terremoto de magnitude 9 reduz a Califórnia à escombros, um piloto de helicóptero de busca e resgate (Dwayne Johnson) e sua ex-esposa (Carla Gugino) fazem juntos o caminho de Los Angeles para São Francisco tentando salvar sua única filha. Mas a jornada traiçoeira rumo ao norte é apenas o começo e quando eles acham que o pior pode ter acabado… está apenas começando.
Porque assistir: combinando o que há de mais moderno em efeitos visuais para recriar a cena que nunca gostaríamos de ver, as gigantes metrópoles americanas do oeste se desmontando como meros castelos de areia.
Dwayne The Rock Johnson tem carisma suficiente para segurar a aventura. Não há como negar, ele é um astro. E conseguiu pavimentar muito bem sua carreira em Hollywood. De jogador de futebol a herói de filme de ação, o brutamontes chegou lá.
Com espírito (e roteiro) de filme B, a fita tem uma superprodução e aposta em efeitos especiais em profusão para destruir a metade dos EUA com direito a terremoto, tsunami e drama familiar envolvido. Sua aposta é a fusão do carisma do brutamontes de Dwayne Johnson e despejar a destruição em profusão para agarrar o espectador pelos olhos. Que pena que esquece a cabeça. Como resultado, é um trash não assumido, mas o filme-catástrofe não chega a ser uma catástrofe de filme.
Para deixar o filme com algum lastro de explicação científica, acrescente á formula o sempre competente Paul Giamatti (indicado ao Oscar de coadjuvante por A Luta Pela Esperança), como cientista especialista em geologia. No elenco ainda tem a bela Alexandra Daddario (True Detective), Ioan Gruffud (O Quarteto Fantástico, 2005), Art Parkinson (Game of Thrones) e Carla Gugino (Wayward Pines).
Melhores momentos: apesar da abertura servir para apresentar a bravura do protagonista, ela funciona bem. Personagem apresentado com um contra luz e mais de 600 resgates nas costas, já sabemos quem sera o herói do dia. ; o terremoto (de efeitos especiais) chega a impressionar; assim como o resgate final que envolve um tsunami e um tenso afogamento.
Pontos fracos: os clichês e a previsibilidade do roteiro entulha mais o filme que as ruas das cidades destruídas pela tal “Falha de San Andreas”. Independente da dificuldade, a solução sempre está a mão. Seja um prédio citado anteriormente como local de climax, a fuga em um carro roubado duas vezes, a troca por um avião, o pulo de pára-quedas ou um barco na marina.
Não esqueçamos do personagem do padastro (Ioan Gruffudd), que demonstra não ser tão legal quanto parece (e que claro, terá uma morte dolorosa) ou aquela sensação de pura apelação com a adição de uma trilha tristinha imposta a cada frase e ação dramática.
A produção é do mesmo diretor de Viagem 2: A Ilha Misteriosa (2012) e do infantil Como Cães e Gatos 2: A Vingança de Kitty Galore (2010), portanto inexpressiva. Há também as situações (inacreditáveis) onde vários dos personagens dão explicações dos tais terremotos em plena crises de tremor, e do completo esquecimento da função do protagonista ao se voltar para o salvamento de sua filha.
Na prateleira da sua casa: as versões em Blu-Ray (3D com preço sugerido de R$ 89,90; e 2D a R$ 69,90) do filme ainda vão mais longe detalhando as consequências da Falha de San Andreas no mundo real por meio de um mini-documentário intitulado San Andreas: The Real Fault Line, além de outros extras, comoDwayne Johnson to the Rescue, mostrando um pouco mais do processo de caracterização do heroico protagonista Ray, e as várias cenas deletadas da produção, esta última também presente na versão DVD (preço sugerido de R$ 39,90).
Terremoto também está disponível em Cópia Digital para os usuários do iTunes, Google Play, Xbox Live e PSN. A versão on-demand também já está disponível aos clientes da NET.