Negócios Mortais (Not Safe For Work, 2014) de Joe Johnston
O filme: Tom Miller (Max Minguella) trabalha como assistente jurídico num grande escritório de advocacia. Na noite da sua demissão, ele segue um invasor e retorna ao escritório.
No local, o invasor se revela um matador profissional (JJ Feild), contratado para fazer o trabalho sujo de uma empresa rival. Em sua fuga pela escritório vazio, ele acaba por descobrir informações obscuros sobre a empresa para a qual trabalha que podem por a vida de muitos em risco.
Porque assistir: para que um filme que se propõe a passar em apenas um ambiente – no caso um escritório em um andar de um prédio – funcione, são necessários pelo menos três alicerces. Um roteiro redondinho (não precisa ser algo tão surpreendente assim), um diretor hábil e um grande vilão.
E suspense de baixo orçamento com atores pouco conhecidos funciona muito bem ao preencher tais necessidades. Temos uma trama bem apresentada, sem furos. Um diretor que comandou superproduções (Jurassic Park III – 2001; Capitão América: O Primeiro Vingador, 2011) e até um drama emocionante (O Céu de Outubro, 1999). E um bom ator (JJ Feild) numa construção magnífica de um frio assassino.
Melhores momentos: a sequência envolvendo a queima do arquivo principal e uma troca de cartões de identificação; O melhor mesmo da fita está em todas as ações que envolvem o matador de aluguel (JJ Feild), são momentos de extrema tensão. Ele é a força motriz do filme; O final – de tom aberto – provoca também ótima apreensão.
Pontos fracos: o romance entre Tom (Max Minguella) e Anna (Eloise Munford, bonitinha que está no elenco de 50 Tons de Cinza, 2015) é construído de forma apenas como marionete para uma maior tensão da trama, não parece ter profundidade, enquanto a performance de Christian Clemeson como o chefe do escritório de advocacia Alan Emmerich, é fraco.
Na prateleira da sua casa: Max Minguella (de A Rede Social, 2010) faz tipo do herói bonzinho, ideal para torcer a favor, e o clima de morte eminente dos poucos personagens em cena também ajudam ao clima asfixiante. E JJ Feild, que havia feito um papel pequeno em Capitão América: O Primeiro Vingador (2011) do mesmo diretor, domina cada cena com seu fleuma sinistro e um vilão impecável.
Esqueça o título genérico nacional e dê uma chance para esse pequeno grande filme.