Se Beber, Não Case! Parte III (The Hangover Part III) de Todd Phillips
O filme: antes de internar Alan (Zack Galifianakis), Doug é sequestrado. Para tê-lo de volta, o ‘Bando de Lobos’ (Bradley Cooper, Galifianakis, Ed Helms) terá de encontrar Mr. Chow (Ken Jeong) e devolver a grana de um mafioso (John Goodman) barra pesada de Las Vegas.
Porque assistir: para quem já viu e se divertiu com os dois primeiros, a razão é saber como tudo termina, já que esse é o dito “capítulo final”.
Melhores momentos: Heather Graham (ex-stripper agora casada com um médico) acrescenta alguma doçura e Melissa McCarthy (a dona da loja de penhores) tem o seu momento em uma cena quase romântica.
Antes fosse uma repetição dos anteriores – sem o fator surpresa, claro – com o casamento de Alan como ponto de partida (a cena ‘entre-créditos’), enquanto John Goodman brinca de ser vilão.
Pontos fracos: história estrambólica é uma costura de fiapos esquecidos desde a primeira noite em Vegas. Envolve o traficante que vendeu os tranquilizantes que deixou todo mundo chapado, claro, Mr. Chow (Ken Jeong), um sequestro, ouro, a morte de uma girafa (ridícula cena) e a possível internação de Alan (Galifianakis).
Há uma super exploração nas tiradas de Alan e Mr. Chow (ambos sem sucesso); E o que poderia ser um bom diálogo, o reencontro de Alan com o ex-bebê ‘Carlos’ é mal aproveitado, não gerando nenhum sorriso amarelo. E Bradley Cooper e Ed Helms se arrastam na tela.
Na prateleira da sua casa: disponível também em edição especial, contendo a Trilogia Se Beber, Não Case! (2009; 2011; 2013).
Quatro amigos vão à Las Vegas para uma despedida de solteiro. Jogos, festa regada a álcool, drogas, mulheres, clubes de strip-tease e muita putaria. Na manhãs seguinte o quarto de hotel está detonado, tem um tigre no banheiro, um bebê abandonado na sala, um deles está casado com uma stripper, o noive some, Mike Tyson aparece, eles roubaram um carro da polícia e se envolvem com traficantes e um mafioso oriental. Mas não lembram nada e a ressaca bate forte. Essa loucura aí é o resumo do primeiro e surpreendente Se Beber, Não Case! (2009), a hilariante comédia vencedora do Globo de Ouro de melhor filme.
Sucesso estrondoso de bilheteria, uma continuação foi inevitável. Pegue o mesmo mote e transfira a festa de despedida de solteiro para Bangcoc, na Tailândia. O exagero corre solto em situações absurdas que vão muito além do embaraço escatológico, do possível e impossível. Acrescente cenas fortes e ultrajantes, que vão além do gratuito (uma das mais leves é um nu frontal). Se Beber, Não Case! Parte II (2011) contém simulação de sexo, mais álcool e drogas, mais criminosos, monges, travesti, mais strippers e um macaco fumante e tarado. Uma ressaca ainda maior, que gerou outro tremendo sucesso comercial. Mas com desgastes visíveis.
Se Beber, Não Case! Parte II (2011)
Vendido como o capítulo final, a parte III reúne o elenco original para uma trama completamente diferente dos capítulos anteriores. Esqueça todas as piadas que fez você se acabar de rir dos outros filmes (principalmente no primeiro), esqueça. Você não verá despedida de solteiro, bebedeiras, nada de ressaca, não haverá amnésia ou de relembrar o que aconteceu na noite anterior. Nada. A dita comédia prefere apostar numa trama praticamente de ação (capenga) e sem nenhum brilho, resultado de uma trama forçada e meia. Zero diversão e imperdoável de tão ruim. No fim, o fim é pior que ressaca moral. É o fim!