Terceiro longa-metragem dirigido por Selton Mello, O Filme da Minha Vida acaba de ganhar trailer com belas imagens e clima poético, assim como o cartaz.
Ambientado no sul do Brasil, na década de 60, o filme mostra o processo de amadurecimento do jovem Tony Terranova (Johnny Massaro), sua relação estreita com a mãe, a ausência do pai – o francês Nicolas (Vincent Cassel), seus anseios, dilemas e amores.
Um rito de passagem da juventude para a maturidade, como diz o poema de Robert Frost “Nothing Gold Can Stay”. Selton Mello também atua no longa – ele faz Paco, o amigo fanfarrão de Tony e da família.
Depois do cult “Feliz Natal” (1998) e do sucesso “O Palhaço” (2011), que levou mais de 1,5 milhão de pessoas aos cinemas, O Filme da Minha Vida, é, possivelmente, a obra mais pessoal de Selton.
“Acho que é um filme sobre amadurecimento e que celebra a família. E acho que todo mundo se identifica com nosso protagonista de uma forma ou de outra. É um filme para sonhadores”, diz o diretor. Baseado no livro “Um Pai de Cinema”, de Antonio Skármeta, autor chileno de “O Carteiro e o Poeta”, tem roteiro adaptado por Selton e Marcelo Vindicatto, mesma dupla dos outros filmes dirigidos por Selton Mello. Com produção da Bananeira Filmes e distribuição da Vitrine Filmes, O Filme da Minha Vida, estreia nos cinemas no dia 3 de agosto.
O elenco traz Vincent Cassel, Selton Mello, Johnny Massaro, Bruna Linzmeyer, Rolando Boldrin, Ondina Clais, Beatriz Arantes, João Prates, Erika Januza, Martha Nowill e Antonio Skármeta, em participação especial.
SINOPSE: Serras Gaúchas, 1963. O jovem Tony Terranova precisa lidar com a ausência do pai, que foi embora sem avisar à família e, desde então, não deu mais notícias ao filho. Tony é professor de francês num colégio da cidade, convive com os conflitos dos alunos no início da adolescência e vive o desabrochar do amor. Apaixonado por livros e pelos filmes que vê no cinema da cidade grande, Tony faz do amor, da poesia e do cinema suas grandes razões de viver. Até que a verdade sobre seu pai começa a vir à tona e o obriga a tomar as rédeas de sua vida.
O DIRETOR
Um dos atores mais aclamados de sua geração no Brasil, Selton Mello tem se firmado como um cineasta original, de inquietações pessoais, dono de um estilo que valoriza o trabalho de seus colegas atores.
Em seu primeiro longa, o drama Feliz Natal (2008), Selton não atuava, deixando o papel principal nas mãos de Leonardo Medeiros. A seguir, porém, ele estrelou seu segundo longa, a comédia O Palhaço (2011), que conseguiu o raro feito de obter a unanimidade da crítica e ser um grande sucesso de público: atraiu aos cinemas 1,5 milhão de espectadores e foi o quinto filme brasileiro mais visto do ano. O Palhaço também foi o filme escolhido para representar o Brasil no Oscar 2012.
Na TV, Selton também teve outro grande trabalho como diretor: a série Sessão de Terapia (2012-2014), que teve três temporadas no canal pago GNT.
Como ator, seu extenso currículo inclui 28 longas. Entre seus personagens memoráveis, estão o Chicó de O Auto da Compadecida (2000), de Guel Arraes; o André de Lavoura Arcaica (2001), de Luiz Fernando Carvalho; o Leléu de Lisbela e o Prisioneiro (2003), também de Arraes; o Lourenço de O Cheiro do Ralo (2006), de Heitor Dhalia, no qual foi produtor associado; o João Estrella de Meu nome não é Johnny (2008), de Mauro Lima; o brasileiro morto injustamente pela polícia londrina de Jean Charles (2009), de Henrique Goldman; o Pedro de A Mulher Invisível (2011), de Cláudio Torres; e a Morte em Meu amigo Hindu (2015), último filme de Hector Babenco.
Em O Filme da Minha Vida (clique aqui para ver o trailer), seu terceiro longa, Selton aceitou o convite do escritor chileno Antonio Skármeta para levar às telas seu romance Um Pai de Cinema, naquele que se tornou seu filme mais pessoal.