Ruby Sparks – A Namorada Perfeita (Ruby Sparks, 2012) de Jonathan Dayton & Valerie Faris
O filme: Calvin Weir-Fields (Paul Dano) é um jovem escritor, considerado por muitos um gênio, porém que está travado com sua atual condição solitária e com mínimas perspectivas. O que fazer? Bem, o seu analista pede que ele exercite sua criatividade ao escrever sobre uma pessoa, uma companheira ideal. E Ela ganha vida.
Porque assistir: com o uso da metalinguagem da ficção à realidade, a dobradinha cinema-literatura ganha um exemplar. A inspiração inventada acaba por ser uma invenção inspiradora numa volta contínua de criatividade.
Melhores momentos: valorizados pelo tom criativo, os diálogos e as situações vão amontoando a obra de boas ideias realizadas, com o luxuoso auxílio do clima indie e de seu elenco, além do adequado.
Paul Dano é um embaraço solitário em forma de gente, algo comparável apenas ao seu próprio cachorro, feio e de hábitos esquisitos.
Zoe Kazan, também autora do roteiro, é a descolada padrão, com um sorriso maior que qualquer coisa e que usa tons diferentes de felicidade para viver num mundo onde os problemas não existe.
No apoio temos as preciosas presenças de Annette Bening (a mãe que virou hippie) e principalmente o veterano Elliott Gould (o analista), que arrebenta, mesmo com poucas cenas.
Pontos fracos: Antonio Banderas (o exagerado padrasto natureba), Steve Coogan (o excêntrico Langdon Tharp) e Chris Messina (o irmão meio fútil, mas gente boa).
Na prateleira da sua casa: é uma dramédia romântica com algo de fantasia e suas qualidades já o destaca do ordinário Hollywoodiano ao trazer uma premissa maravilhosa, de realização bacana, com um luxuosa ajuda de um elenco coeso e de resultado inteligente.
Extras (legendados):
Bastidores e entrevistas