O filme: começa com um Rocky Balboa (Stallone) viúvo, abatido após a morte de sua esposa Adrien (Talia Shire) e com o distanciamento de seu filho (Milo Ventimiglia). O Garanhão Italiano que vive apenas de seu passado glorioso no seu bucólico restaurante, geralmente cheio de clientes curiosos sobre suas fantásticas lutas.
Procurando um sentido maior para sua vida, Rocky decide sair da aposentadoria e tenta reaver a permissão para lutar, nem que seja a última luta da sua vida. Paralelamente, o atual campeão Mason “The Line” Dixon (Antonio Tarver, boxeador na vida real e então campeão mundial de boxe) considera-se imbatível. Desacreditado pelos críticos, que desaprovam sua conduta como pugilista, ele busca em mais um desafio firmar-se como um verdadeiro campeão.
Porque assistir: remete muito ao sentido do primeiro filme, um drama calcado em seus personagens e motivações, com frases sensíveis e de sentimento nobre. Com um senso crítico louvável, vemos um filme que fala ao coração daqueles que tanto curtiram o personagem no final da década de 70 e que não cria falsas expectativas a despeito das resoluções possíveis dos seus personagens.
Melhores momentos: o treinamento ainda é um dos pontos altos da saga do Garanhão Italiano. E é impossível não abrir o sorriso de satisfação ao vermos nos créditos finais pessoas comuns fazendo a mesma cena célebre do primeiro filme da série (a subida nas escadarias) ao som do fantástico tema de Rocky Balboa composto por Bill Conti, “Gonna Fly Now”.
Pontos fracos: o então campeão mundial é um personagem sem nenhum tipo de carisma, nem para ser o antagonista. É duro demais e sua mudança se dá apenas no ringue.
Na prateleira da sua casa: o último capítulo cinematográfico da série que Sylvester Stallone escreveu, produziu, dirigiu e atuou, dando ao seu personagem um final digno, diferente do anterior e patético Rocky 5 (1990).
Extras: “Gonna Fly Now” (Rocky Balboa) composto por Bill Conti