[tribuna-veja-tambem id=”6742″ align=”alignleft”]Vivian é uma bela prostituta viciada em drogas que trabalha nas ruas da Los Angeles dos anos 80. Ao fechar um acordo para acompanhar o ricaço Edward em alguns eventos por U$ 3 mil, ela e sua amiga de rua pretendem realizar o sonha de conhecer a Disneylândia.
Esse drama sombrio era o roteiro original de Uma Linda Mulher (Pretty Woman), mas obviamente não é esse o filme que você conhece. Essa trama, abandonada pelo estúdio, foi reescrita por seu criador, J. F. Lawton, e se tornou o conto de fadas moderno que todos conhecemos nas telas de cinema. Com direito a cavalo branco/limousine branca, príncipe encantado e final feliz.
Muito bem sucedido nas bilheterias, Uma Linda Mulher (1990) é uma das melhores comédias românticas já produzidas em Hollywood. A fita transformou Julia Roberts em estrela. Na época com 23 anos, a jovem tinha acumulado uma indicação ao Oscar de coadjuvante por Flores de Aço (1989), e aceitou o papel da prostituta Vivian após uma grande lista de atrizes recusarem ser a “Linda Mulher”.
Molly Ringwald – dos sucessos teen Gatinhas e Gatões (1984), Clube dos Cinco (1985) e A Garota de Rosa Shocking (1986) – e Michelle Pfeiffer, indicada ao Oscar de coadjuvante por Ligações Perigosas (1988), declinaram pelo conteúdo desconfortável e tom do script. Daryl Hannah, que vinha dos sucessos Splash – Uma Sereia em Minha Vida (1984) e Wall Street – Poder e Cobiça (1986), considerava o papel degradante para as mulheres. Jennifer Jason Leight, de A Morte Pede Carona (1986), taxou o roteiro de sexista e desistiu.
Jennifer Connely e Winona Ryder foram consideradas jovens demais para o papel. Mary Steenburgen e Karen Allen foram cogitadas. E mais, Meg Ryan, que tinha recém saído da comédia romântica de sucesso Harry & Sally – Feitos um para o Outro (1989), e Valeria Golino (do oscarizado Rain Man, 1988) também não aceitaram faz a prostituta.
Christopher Reeve (Superman, 1978), Daniel Day-Lewis (Oscar por Meu Pé Esquerdo, 1989), Denzel Washington (Oscar de coadjuvante por Tempo de Glória, 1989) e Al Pacino (que chegou a ler o roteiro), rejeitaram ser o príncipe encantado dos anos 90. Bom para o grisalho de olhinhos espremidos, Richard Gere, que tinha 41 anos na época do filme, e reafirmou sua posição de galã.
Dirigida por um já experiente Garry Marshall – Nada em Comum (1986); Um Salta para a Felicidade (1987); Amigas para Sempre (1988) – a produção custou U$ 14 milhões de dólares, médio para a época, mas faturou uma bolada. Uma Linda Mulher foi o 4º filme mais visto dos EUA em 1990, com pouco mais de U$ 178 milhões de faturamento. Nas bilheterias mundiais o salto foi ainda maior: U$ 285 milhões arrecadado, para um total de U$ 463,4 milhões de dólares – 3º filme mais visto do ano.
Em 23 de março de 2015, a comédia romântica com Julia Roberts e Richard Gere completará 25 anos. Mas, e como seria uma nova versão de Uma Linda Mulher hoje? Ao som da inesquecível canção “Oh, Pretty Woman!”, o Tribuna do Ceará escalou um novo elenco e diretor para a suposta refilmagem agora: