Hoje é aniversário de um trio de atrizes que surgiram como promessas de estrelas, mas que nunca chegaram a brilhar no cinema hollywoodiano. Gina Gershon (51), Jeanne Tripplehorn (50) e Leelee Sobieski (30). Vamos às personas do dia.
Gina Gershon
Gershon começou a carreira nos anos 80. Depois de pontas em séries de TV, pequenos papéis em telefilmes e figuração em filmes de brucutus como Inferno Vermelho (1988) – Schwarzennegger e Fúria Mortal (1991) – Steven Seagal, conseguiu ser uma das estrelas da então superprodução Showgirls (1995). O filme fracassou, ganhou vários Framboesas de Ouro (foi até indicada à pior coadjuvante), mas seus lábios e outros atributos – tão explorados na obra de Paul Verhoeven, foram notados.
Seu próximo projeto foi apostar no corajoso filme de estreia de uns tais de Irmãos Wachowski. Sim os criadores da Trilogia Matrix (1999; 2003; 2003). Um policial com criminosos ao estilo de Tarantino, que tinha a frente um casal de lésbicas, e uma delas era Gershon. Filme aplaudido, nome quente em Hollywood.
Engatou a segunda e foi (boa) coadjuvante no blockbuster de John Woo, A Outra Face (1997), como par do vilão, Nicolas Cage. O passo seguinte seria a subida até o topo, mas… Sinceramente não sei o que aconteceu. Gina Gershon se acomodou com pequenos papéis, variando entre grandes obras (como O Informante, 1999) e outros insignificantes.
Desde então seu último papel de relevância foi no aplaudido Killer Joe – Assassino de Aluguel (2011). Gina Gershon abre a obra violenta com uma polêmica cena de nu, em atuação que lhe rendeu o prêmio de coadjuvante na Associação de Críticos de Toronto e indicação ao Saturn na mesma categoria. O resto é o resto, séries de TV, pontas e pequenos papéis em outros filmes.
Jeanne Tripplehorn
Tripplehorn foi mais longe, mas mas… Vamos lá. Então desconhecido e só com um telefilme na vida, Paul Verhoeven (ele de novo) a escalou como figura feminina antagonista de Sharon Stone no sensacional Instinto Selvagem (1992). Protagonizou cenas quentes com o taradão Michael Douglas e deu conta do recado. No ano seguinte era a esposa do astro Tom Cruise no thriller de advogados A Firma (1993), grande sucesso de bilheteria.
Tudo ia bem. Mas sua próxima escolha iria fazer tudo ir água abaixo. Literalmente. Muito bem cotada, Jeanne Tripplehorn foi fazer par romântico com Kevin Costner na megaprodução apocalíptica Waterworld – O Segredo das Águas (1995). O filme (indicado à vários Framboesas de Ouro, incluindo pior filme) afundou com todo mundo dentro. O resto é história. E a recuperação de todos os envolvidos foi a coisa mais lenta do mundo.
Até 2006 fez o que pôde, de comédias românticas passáveis (Mickey Olhos Azuis, 1999) a um pequeno papel no artístico Timecode (2000) e outras bobagens. Até se redimir na TV. Na bem conceituada série da HBO, Big Love – Amor Imenso (2006~2011), no qual é uma das três esposas de Bill Paxton, e no telefilme Grey Gardens (2009) concorreu como ao Emmy de coadjuvante. Mas estrela mesmo nunca foi.
Leelee Sobieski
A mais jovem do trio, a agora trintona Leelee Sobieski tem mais chances de se recuperar. Surgiu como um raio. E quase sumiu como um. Começou como o jovem par de Elijah Wood no blockbuster (e fraco) Impacto Profundo (1998). No ano seguinte foi indicada ao Globo de Ouro de melhor atriz pela mini-série Joana d´Arc (1999). Mas o ano ainda lhe reservaria mais. Depois de sua participação em De Olhos Bem Fechados (1999) foi alçada a condição de um lolita sexy. No último filme de Stanley Kubrick ela faz a filha safada de uma das figuras que Tom Cruise topa pela noite, quase sem falas. E sinceramente não vi nada de tão sensual assim. Mas vamos para frente.
Hollywood comprou a ideia e imediatamente os produtores a colocaram para segurar filmes-bilheteria como o suspense A Casa de Vidro (2001), Perseguição (2001), de resultados medianos. No mesmo ano estrelou Insurreição, filme para TV que deu à ela sua segunda nomeação ao Globo de Ouro de melhor atriz.
Mas e aí, hoje você sabe quem é Leelee Sobieski? Eu arriscaria uma cosplay bem mais jovem de Helen Hunt. No currículo constam o pífio suspense O Sacrifício (2006) e uma ponta no ótimo Inimigos Públicos (2009). Para piorar em 2008 foi duplamente indicada ao Framboesa de Ouro de pior coadjuvante com e a aventurazinha Em Nome do Rei e o modorrento policial 88 Minutos (2007). E só.
Parabéns ao trio de não-estrelas. E ‘Bolo de Framboesa’ para elas.