Os Suspeitos (Prisoners, 2013) de Denis Villeneuve
O filme: no dia de Ação de Graças, duas meninas desaparecem misteriosamente num subúrbio americano. Ao surgir o primeiro suspeito (Paul Dano), o pai de uma delas (Hugh Jackman) acredita na identidade do raptor e decide fazer justiça com as próprias mãos.
Porque assistir: a história de sequestro e angústia é contada de forma aterradora por seu diretor (Denis Villeneuve), que subverte o sentimento a todo momento e nos aprisiona em medo, como os pais das crianças desaparecidas. Um conjunto impecável de roteiro e elenco que impressiona, principalmente com as emocionantes atuações de Hugh Jackman (o eterno Wolverine) e Paul Dano (de Ruby Sparks – A Namorada Perfeita).
Melhores momentos: todos os duelos entre o pai Hugh Jackman e o suspeito Paul Dano, e o clima de terror psicológico em forma de bola de neve, onde a cada movimento, a expectativa aumenta mais. E que grande construção de personagem de Jake Gyllenhaal (indicado ao Oscar de coadjuvante por O Segredo de Brokeback Mountain), do piscar de olhos ao poder (ou sua impotência) de decisão.
Pontos fracos: nem a trama de mais de duas horas e meia esmorecem o filme perfeito que é.
Na prateleira da sua casa: no elenco, uma interpretação cheia de sutileza de Melissa Leo – a tia (da ficção Oblivion) e o complemento de luxo de Maria Bello (a esposa – de Gente Grande), Viola Davis (indicada ao Oscar de melhor atriz por Histórias Cruzadas), Terrence Howard (do thriller Sem Perdão e de A Caçada) – os pais da outra criança desaparecida.
Do mesmo diretor do belo e forte Incêndios (2010), são 153 minutos de drama intenso, tensão crescente e uma trama policial incrível, com um final que ainda deixa muito para pensar. E lembre-se, o importante não é encontrar os culpados, mas como a ação afeta seus personagens para sempre.