Os Croods (The Croods, 2013) de Kirk De Micco e Chris Sanders
O filme: composto por papai Grug (voz original de Nicolas Cage), mamãe Ugga (Catherine Kenner), vovó Gran (Cloris Leachman), filho Thunk (Clark Duke) e filha Eep (Emma Stone), Os Croods mantém a rotina de acordar, caçar, fugir dos perigos, procurar uma caverna e dormir de novo. E de novo e de novo e de novo.
Após muito protelar, Eep se inquieta com a situação de mesmice, extrapolada quando conhece o nômade Guy (Ryan Reynolds). Enquanto a terra se divide em forma de terremotos e destruição (ou seria a formação dos continentes?!), Os Croods têm de decidir se acompanham Guy em explorar em busca de um lugar seguro ou se continuam a se esconder do mundo.
Porque assistir: a curiosidade de saber como seria a vida de uma família na pré-história. Tudo será respondido a base de piadas sobre a evolução do homem, novas descobertas, brincadeiras com a sogra, aventuras de desbravamento, e medo, muito medo do desconhecido.
Melhores momentos: o satisfatório ato de contar histórias em forma de pinturas rupestres, alguma sátira à sociedade de consumo e o uso das novas tecnologias, com alívio cômico no cinto-preguiça e em sequências com bichos de estimação;
O jovem desbravador Guy é um inventor nato, ao procurar formas curiosas de usar o que está disponível para criar artefatos que facilitem a sua vida (cinto, sapatos, o fogo…). E a animação ganha muitos pontos (e sorrisos) com a sua presença e inventividade;
A trilha sonora do veterano Alan Silvestri impressiona pela alegria e emoção que se destaca da obra. Uma música viva e vibrante, para embalar o filme com espírito e energia.
Pontos fracos: o patriarca prega a política do medo e é aquele tipo de pessoa inflexível às mudanças. Em suma, um pé no saco. A jovem logo se apaixona pela novidade e sonha em ter uma vida de descobertas. Ponto para o clichê. Os embates entre Grug e Guy, Grug e sua filha, Grug e qualquer coisa, são todos maçantes, repetitivos.
Na prateleira da sua casa: é mais um filme de sorrisos que gargalhadas. O visual é arrojado, trabalha com elementos pré-históricos, inventa animais, mistura cores e é bastante ágil nas cenas de ação, com um bom uso do movimento e profundidade em 3D.
A animação (bem animada) funciona para as crianças, deixa a mensagem da necessidade de enfrentar nossos medos e o poder da união familiar. Partindo de uma boa ideia, Os Croods, o filme, não precisa entrar em extinção, mas apenas evoluir mais para os adultos.
Extras: o DVD conta com as informações especiais: ‘Diário da Caverna do Braço’; ‘Cenas perdidas dos Croods’; Trailer; ‘Uma Espiadinha’; ‘O Mundo de Animação da Dreamworks’;
Blu-ray: tem extras parecidos, mas com adicionais. São eles os especiais ‘As criaturas croodaceas de Os Croods’; ‘Diário da Caverna do Braço’; ‘Cenas perdidas dos Croods’; ‘Você é o artista!’; Trailer; ‘Uma Espiadinha’; ‘O Mundo de Animação da Dreamworks’.