O Homem de Aço (Man of Steel, 2013) de Zack Snyder
O filme: a história é recontada desde a descoberta de Clark Kent (Henry Cavill) sobre suas origens, poderes (normais em seu planeta de origem, mas sobre-humanos na Terra), responsabilidades e sua busca por seu lugar no mundo. Desafiando o super-herói está um sobrevivente Kryptoniano, o malévolo General Zod (Michael Shannon) e seus comparsas. O confronto entre o que é certo ou não, quem é o vilão ou o salvador da história mais uma vez é explorado.
A nova aventura d´O Homem de Aço é precedida de Superman – O Filme (1978), Superman II – A Aventura Continua (1980), Superman III (1983), Superman IV: Em Busca da Paz (1987) e Superman – O Retorno (2006).
Porque assistir: Superman, o super-heróis que veio de Krypton para salvar a Terra, é um personagem icônico, que perpassa o fato até mesmo de sua origem dos quadrinhos, se transformando num dos maiores heróis de todos os tempos.
Após falhar em se conectar com a audiência no morno Superman – O Retorno (2006), a nova tentativa da Warner de recolocar O Homem de Aço nas telas é interessante sobre alguns aspectos, mas não chega a empolgar. Mas, ainda assim é uma superprodução que funciona como um passatempo, e que atingirá – em níveis diferentes, o fã do personagem, o aficionado em quadrinhos, ou simplesmente o público comum.
Melhores momentos: todos os momentos que aparecem os pais, Kevin Costner (na Terra) e, principalmente, Russel Crowe, em Krypton; a sequência da destruirão de Kypton é incrível; Boas participações de Michael Shannon (indicado ao Oscar de coadjuvante por Foi Apenas um Sonho, 2008), Diane Lane (mamãe Kent, de Vidas Sem Rumo, 1983) e uma doce Amy Adams (de Julie & Julia, 2009), apesar de um personagem explorado de uma forma ruim.
Pontos fracos: sequências de ação feitas para se tornarem explosivamente épicas, mas que são demoradas e exageradas; Inacreditável a onipresença de Lois Lane, onde até mesmo dentro de um avião, durante uma operação militar, ela comparece; Laurence Fishburne lidera o núcleo Planeta Diário e traz consigo todos seus comendados em versão “piloto automático”.
Na prateleira da sua casa: seu roteiro tem rimas visuais que se transformam em rima temática ao compará-lo ao salvador de todos de referências religiosas (Superman = Jesus Cristo), mas a pretensão não consegue elevar, a partir do próprio personagem, à salvação do filme. As referências – praticamente desenhadas na tela – são abertamente assumidas pelo próprio diretor Zack Snyder também em entrevista de divulgação do longa.
Diretor que adora utilizar e abusar de firulas visuais como uma força impressionável na tela, e que acertou com 300 (2007), se saiu bem do complicado Watchmen – O Filme (2009), mas que errou feio com Sucker Punch (2011), consegue se conter quando o assunto é a relação entre pais e filhos. Mas não demora muito para quase destruir o mundo – e aí, exceto pelos personagens que são conhecidos do público, ninguém mais importa na tela – e produzir uma carnificina estéril na tela. Sem sangue, sem violência, apenas com uma pirotecnia exagerada e a insistência com sequências que só faltam não acabar.
É uma boa obra? Sim, é um bom filme. Mas longe de ser um voo merecedor de aplausos de outrora, como nos inesquecíveis Superman – O Filme (1978) e Superman II – A Aventura Continua (1980). E o 3D, convertido, é dispensável.
Extras:
Hans Zimmer Criando a Trilha Sonora
Trilha Sonora: Sessões de Percussão