Vencedor do Oscar, lembrado pelo policial Martin Riggs em Máquina Mortífera (1987; 1989; 1992; 1998) e por Max em Mad Max (1979; 1981; 1985) e mais conhecido pelo seu jeito durão, personagens em épicos e filmes de ação. Esse é Mel Gibson, que completa 58 anos neste dia 3 de janeiro, e que já estrelou vários dramas, romances, comédia romântica e até história real.
Ele é novaiorquino, apesar de já ter sido creditado como australiano por ter se revelado ao mundo na tela grande com filmes vindo da Austrália, no final dos anos 70 e no início dos anos 80. Gibson chamou atenção pelo policial em busca de vingança nas estradas da Austrália em Mad Max (1979) de George Miller. Em 1981 foram dois filmes para as telonas. Mad Max 2 (do mesmo Miller), com um sucesso ainda maior que o primeiro, e o drama de guerra baseada em fatos reais, Gallipoli, de Peter Weir, indicado ao Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro. No ano seguinte repetiu a parceria com Weir em outro drama, O Ano em que Vivemos em Perigo (1982), aplaudido pela crítica.
Antes de voltar de vez aos EUA, Gibson ainda estrelou o terceiro Mad Max – Além da Cúpula do Trovão (1985), numa co-produção americana-australiana já com mais dinheiro e co-estrelado pela cantora Tina Turner. Faltava um grande sucesso americano. E ele viria com a fita de ação Máquina Mortífera (1987), que estrelou ao lado de Danny Glover e com a direção de Richard Donner. Foi uma espécie de vilão num policial investigativo (e sem ação), Conspiração Tequila (1988) e voltou para a continuação de Máquina Mortífera 2 (1989).
Com um sucesso ainda maior, estrelou os produtos hollywwodianos Alta Tensão e Air América – Loucos Pelo Perigo (ambos de 1990), que não renderam o esperado, além de se arriscar como Hamlet (1990). Mais uma vez a alternativa foi um novo Máquina Mortífera, o terceiro (1992), além de um bom romance – Eternamente Jovem. Com isso foi cotado até para ser o novo James Bond, em 007 dos anos 90. Não rolou, mas a virada na carreira começaria mesmo em 1993, ao escolher estrear na direção e estrelar um drama, O Homem Sem Face. Nascia um diretor.
Em 1994 voltou a se reunir com o diretor Richard Donner para a adaptação da série de TV, Maverick, se tornando um grande êxito. Mas seu grande e ambicioso projeto sairia em 1995. Coração Valente, baseado na história do libertado da Escócia, William Wallace, rendeu à Mel Gibson o Oscar de melhor filme e direção, além do Globo de Ouro de melhor filme e uma indicação a direção.
No ano seguinte ele não entrou em ação, quer dizer, quase, mas foi um pai aflito pelo sequestro de seu filho no ótimo O Preço de um Resgate de Ron Howard. Sua atuação rendeu a nomeação de melhor ator-drama e o filme foi um dos mais vistos do ano. Depois vieram dois filmes de Richard Donner, Teoria da Conspiração (1997) e Máquina Mortífera 4 (1998).
Voltando ao campo da vingança, estrelou os sujos, escuros e muito bons O Troco (1999), O Fim da Escuridão (2010) e Plano de Fuga (2012) – escrito e produzido pelo astro. No campo épico, o diretor Roland Emmerich tentou retomar o ar de Coração Valente em O Patriota (2000), mas longe do mesmo resultado.
Mel Gibson é versátil, e entre os seus maiores sucessos de bilheteria estão um filme de suspense e terror, Sinais (2002) e as dublagens para as animações Pocahontas (1995) e A Fuga das Galinhas (2000). Voltou a ser indicado ao Globo de Ouro de melhor ator (dessa vez na categoria comédia ou musical) pelo sucesso Do que as Mulheres Gostam (2000), e em seguida produziu e estrelou um filme de guerra (do Vietnã), Fomos Heróis (2002).
Retornou à cadeira de diretor – sem atuar – com o polêmico A Paixão de Cristo (2004), que é até hoje o seu maior sucesso de bilheteria, e dirigiu também a aventura Apocalypto (2006), com críticas divididas. Estrelou um filme de arte de Wim Wenders, O Hotel de Um Milhão de Dólares (2000) e atuou no controverso Um Novo Despertar (2011) de Jodie Foster. Em 2014 será o vilão de Os Mercenários 3, que promete ser grande, muito grande. E que venha mais Mel, e mais Gibson nos próximos anos nas telas grandes.