Killer Joe – Matador de Aluguel (Killer Joe, 2011) de William Friedkin
O filme: o jovem Chris (Emile Hirsh) tem uma família despedaçada. Seu pai (Thomas Haden Church) vive a base de cerveja, tem um emprego ruim é casado com uma mulher não confiável, Sharla (Gina Gherson). E sua irmã, Maggie (Juno Temple), tem um comportamento infantil e sofre com traumas do passado, dentre eles o de que sua mãe tentou matá-la ainda bebê. Os três moram num trailer, caindo aos pedaços.
Chris vive em constante atrito com a mãe, Adele, com histórico de violência doméstica, em decorrência do seu comportamento alcoólatra, de drogada e promíscua. Eles vivem no Texas e Chris, que adora jogar, e por isso deve à mafiosos locais. A saída para resolver a vida de todos os envolvidos é o de contratar um assassino de aluguel (Matthew McConaughey), matar sua mãe e ficar como dinheiro de uma tal apólice de seguro, de U$ 50 mil.
Porque assistir: uma história de violência, de pessoas que se embrenham no submundo do crime sem medo de se sujar com o sangue alheio. O retrato do desespero humano de quem não tem o que fazer senão mergulhar no desespero, sem medir consequências. Simplesmente porque eles não sabem o que é isso. Eles vivem não apenas na periferia da cidade, mas às margens da sociedade.
Melhores momentos: o acerto de contas entre Killer Joe e a família, onde um pedaço de frango se torna uma poderosa arma numa cena sádica de humilhação. Você nunca mais será capaz de vez da mesma forma um pedaço de frango de novo. Brutal. Palmas para a estupenda interpretação de Matthew McConaughey.
Pontos fracos: pode ofender quem não suporta um filme pesado, com subtexto sórdido e personagens imprestáveis.
Na prateleira da sua casa: um filme policial sem polícia, de estética suja e com um elenco completamente entregue (positivamente) ao estilo underground adotado com força e garra pelo veterano diretor William Friedkin. E que traz um final sensacional.