Juno (Idem, 2007) de Jason Reitman
O filme: ao descobrir que está grávida de uma relação de apenas um dia com Bleeker (Michael Cera), Juno (Ellen Page) tem de decidir qual caminho vai seguir. Entre as opções estão abortar, deixar o bebê para a doação ou assumi-lo.
Qualquer que seja a sua escolha, passam por ela situações com uma escancarada relação familiar aberta, um casal que não pode ter filhos – loucos para receber o filho em como uma adoção e um nerd apaixonado.
Porque assistir: roteiro cativante (vencedor do Oscar de roteiro original), onde todos os personagens possuem falas que encantam. A grande sacada é tratar tanto a situação, como seus personagens como pessoas que poderiam ser qualquer um.
Seu vizinho, um amigo de colégio, até mesmo algum parente próximo. A abordagem do cool ao nerd também é motivo de vibração, porque nem todo mundo á descolado suficiente, ou bobão como se imagina. O que tenta passar aqui são apenas momentos e sensações que podemos viver a qualquer hora.
Melhores momentos: Ellen Page tem o filme na mão. Com seu ar despachado e honesto, que não vacila em pedir, falar ou até mesmo fazer.
Cheios de peculiaridades, seus diálogos são referenciais, e para uma garota de 16 anos, nada superficiais. Pelo contrário, sobriedade, poder de decisão e uma maturidade que impressiona. Assim como o filme, doce, engraçado, romântico e dramático. Tudo ao mesmo tempo e agora.
Pontos fracos: Michael Cera praticamente bisa seu personagem de Superbad – É Hoje!, onde ele é apenas um cara que deseja namorar uma garota bacana, e não apenas transar. De novo. Outra vez. OK, ele está bem, mas parece uma repetição.
Na prateleira da sua casa: músicas pontuam as cenas, a abertura é bacana e personagens secundários são valorizados. A obra consegue equilibrar comédia, romance e drama. Tudo num só pacote, coeso, com diálogos deliciosos e Ellen Page no papel-título. Ela já valeria o filme, que vai além de uma comédia-romântica-nerd ou um drama-cool. Bem além.
Extra: