Idas e Vindas do Amor (Valentine´s Day, 2010) de Garry Marshall
O filme: em pleno dia dos namorados, histórias e personagens se cruzam, uma trama puxa a outra, depois esbarram, se entrelaçam, batem no liquidificador e sai uma mistura insignificante. Seus pequenos casos e casamentos, paqueras e romances, encontros e desencontros são puramente pasteurizados e pouco tem a dizer, o que dirá emocionar.
Porque assistir: os melhores núcleos são o romance de Topher Grace com uma Anne Hathaway (bela e talentosa no trato com clientes ao telefone) de segredos; o casal Hector Elizondo e Shirley McLaine e a paixonite do garotinho Edison por uma pessoal muito especial.
Melhores momentos: poderia ser quando (finalmente) o filme acaba, mas há a boa cena no cinema/cemitério de Hollywood com o casal idoso (e apaixonado) de Hector Elizondo e Shirley McLaine.
Pontos fracos: o restante das situações é puro lixo hollywoodiano, incluindo uma patética dança da pseudo-atriz-cantora Taylor Swift e o péssimo aproveitamento de duas beldades: Jessica Alba (que mal aparece, e quando aparece, aparece mal), e Jessica Biel (com um humor físico patético).
As situações melosamente rasas de um texto insípido fazem não somente as coitadinhas sofrerem, mas também o público, que já viu coisa muito melhor em gênero número e grau.
Na prateleira da sua casa: além de um diretor já festejado pelo próprio gênero, Garry Marshall (do bacana Uma Linda Mulher e do péssimo Noiva em Fuga), não se deixe impressionar pelo elenco gigantesco.
Composto por rostos conhecidos (Patrick Dempsey, Julia Roberts, Ashton Kutcher, Queen Latifah e Jamie Foxx), beldades (Hathaway, Jennifer Garner, Alba e Biel) e bonitões hollywoodianos (Grace, Bradley Cooper e Eric Dane), sensações adolescentes (Taylor Lautner, Swift, Emma Roberts e Bryce Robinson) e veteranos (Kathy Bates, Elizondo, McLaine e George Lopez). O resultado é uma comédia romântica que tropeça num previsível blá blá blá e num vai e vem interminável de clichês bobos.