Ray Kinsella (Kevin Costner) é um fazendeiro de Iowa do final dos anos 80. Ao passear por seu milharal, ouve a seguinte frase: “se você construir, ele virá”.
No início achou que era apenas sua imaginação, pois sua mulher, Annie (Amy Madigan), e a filha deles, Karin (Gaby Hoffman), nada escutaram. Por uma obra do destino, Ray tem algumas visões e entende que deverá construir um campo de baseball. E assim “Shoeless” Joe Jackson (Ray Liotta) e seus sete companheiros de campo voltem a jogar, pois em 1920 eles foram acusados de entregar o campeonato e impedidos de jogar para sempre.
O otimismo lidera as ações de Ray, que acredita na volta de jogadores de baseball mortos, mesmo sabendo que construir um campo vai afetar sua plantação de milho e o deixará em uma delicada posição financeira. Mas a decisão de Ray afetará de forma mágica sua vida e a sua família para sempre.
No dia 21 de abril de 1989, esse drama de Phil Alden Robinson (Quebra de Sigilo, 1992; A Soma de Todos os Medos, 2002), estrelado por um Kevin Costner antes da fase megalomaníaca pós Oscar – Dança com Lobos (1990) ganhou melhor filme e diretor; depois vieram em sequência JFK (1991), O Guarda-Costas (1992), Wyatt Earp (1994), Waterworld (1995) e O Mensageiro (1997) – chegou aos cinemas americanos de forma limitada. Mas arrebatou o público com sua história de otimismo, perseverança e que nos leva a acreditar em nossos sonhos.
A cereja do bolo ainda estava para chegar. Ao final do ano entrou na seleta lista de “Melhores do Ano” pela National Board of Review, e no início do ano seguinte, três indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme. As outras nomeações foram melhor roteiro adaptado e trilha sonora. Não venceu, mas integrar a lista final daquele ano da Academia, a vitória já estava bem clara.
No elenco, Ray Liotta (Os Bons Companheiros, 1990), Amy Madigan (Medo da Verdade, 2007), James Earl Jones (Um Príncipe em Nova York, 1988), Frank Whaley (Pulp Fiction, 1994) e o eterno Burt Lancaster (A Um Passo da Eternidade, 1953), em sua última atuação para um filme de cinema.
Baseado no livro “Shoeless Joe” de W. P. Kinsella, a adaptação cinematográfica custou apenas U$ 15 milhões e rendeu ao redor do mundo pouco mais de U$ 84 milhões de dólares, sendo U$ 64 milhões nos EUA, bem considerável para um lançamento pequeno, e sem alarde. E que 25 depois, ainda emociona muito. Hora de rever Campo dos Sonhos (1989) e enxugar as lágrimas de novo.