Mel Gibson já havia vencido o Oscar de melhor filme e diretor com Coração Valente (1995) há quase 10 anos, num épico em que ele não só dirigia o filme, como também estrelava a aventura sobre o mártir escocês William Wallace. E então, em fevereiro de 2004 ele voltaria a estrear um filme como diretor. As expectativas eram boas, pois demograficamente os EUA possuem uma significativa comunidade cristã.
O drama bíblico era ousado, recontar o calvário de Jesus Cristo num tom brutal, sem sutilezas. E seu diretor e produtor – que não fez parte do elenco – tirou do próprio bolso o custo de U$ 30 milhões – valor baixo para o padrão americano, apostando num bom retorno. Mas o resultado foi muito, muito além do esperado, e se transformou no fenômeno de bilheteria daquele ano. Foi o 3º filme mais visto de 2004 com impressionantes U$ 370,2 milhões – ficando atrás somente das superproduções (e continuações) Shrek 2 (U$ 441,2 milhões) e Homem-Aranha 2 (U$ 373,5 milhões), mas a frente de megaproduções como Os Incríveis (da Pixar), Harry Potter e O Prisioneiro de Azkaban, Tróia e O Expersso Polar.
Há 10 anos estreava A Paixão de Cristo (The Passion of Christ, 2004) de Mel Gibson, e vamos relembrá-lo em imagens:
> LEIA MAIS:
- “A Última Tentação de Cristo” (1988) em alta definição
- Há 50 anos: “Dr. Fantástico” (1964)
- Darren Aronosfky: um cinema de sentimento e razão
- Há 10 anos: “Peixe Grande” (2003) de Tim Burton
- O cinema chora: o adeus de Eduardo Coutinho e Philip Seymour Hoffman
- Há 15 anos “Central do Brasil” conquistava o mundo