Gonzaga: de pai pra filho (Idem, Brasil, 2012) de Breno Silveira
O filme: drama (duplamente) biográfico das (belíssimas) histórias de Luiz Gonzaga, o rei do baião, e seu filho, o poeta politizado que transformava dor em canções, Gonzaguinha.
Histórias tão diferentes, mas tão iguais. Ninguém sabe quem precisa mais do outro e a carga emocional explode na alma e cristaliza em lágrimas durante a projeção.
Porque assistir: Júlio Andrade não interpreta, simplesmente reencarna o eterno poeta Gonzaguinha, com toda sua raiva e angústia da vida, de tudo e de todos. Mas como perceberá toda essa revolta faz sentido, um belo e fundado sentido.
Chimbinha do Acordeon faz um Luiz Gonzaga de respeito, toca e canta cobrindo o filme de musicalidade e veracidade, enquanto a ponta de João Miguel, como Miguelzinho ou o primeiro contratante de Gonzaga, é hilária.
Melhores momentos: tente conter o choro em diversas situações dramáticas e chore de alegria ao entoar as mais belas canções de Gonzagão (a sequência em que ele se apresenta na sacada de um teatro, para o povo é sensacional; o seu retorno de madrugada ao acordar Seu Januário é emocionante) e as letras e versos de seu filho.
Pontos fracos: por vezes, as idas e vindas no tempo não tem o ritmo que a obra merece.
Na prateleira da sua casa: palmas para Breno Silveira, palmas, pois sua obra é linda demais. Para ver, rever e se emocionar.
Extras:
Preview especial