Fúria de Titãs (Clash of the Titans, 2010) de Louis Leterrier
O filme: revive um clássico trash de 1981 homônimo, mas é um caça níquel em 3D, que se leva a sério demais. Perseu (Sam Worthington), filho de Zeus (Liam Neeson), é um semideus que vai defender os humanos da fúria de Hades (Ralph Fiennes), que deseja destruir a Terra.
Porque assistir: entre barbas e imensas perucas, Neeson tenta ter alguma hombridade, e Fiennes vai bancando o vilão de voz esquisita. Nosso herói, Worthington tenta carregar uma fúria dos infernos, mas sem a capacidade de outrora (Avatar, 2009).
Melhores momentos: a bela Gemma Arterton (Io) consegue alguma atenção e o soldado bruto de Mads Mikkelsen carece de boas falas. Entre as sequências de ação nada empolgantes, só escapa o confronto com Medusa.
Pontos fracos: quer ser uma aventura épica, tom que nem o primeiro teve coragem de abraçar, e frustra aqueles que buscam imagens fantásticas em terceira dimensão. Tudo que verá são legendas em 3D e enganosas imagens fantasmagóricas aqui e acolá.
Seus efeitos fazem os personagens ficaram em primeiro e em segundo plano, como se houvesse uma projeção colada, um no outro. Convertido para 3D, aqui a técnica é aplicada terrível e porcamente.
Na prateleira da sua casa: sem a magia do stop-motion (do original), nem a aura de sessão da tarde das boas, haja fúria ao final de pouco mais de uma hora e quarenta minutos entediantes. Rever o original ainda é melhor negócio.