MIB 3 – Homens de Preto 3 (Men in Black 3, 2012) de Barry Sonnenfeld
E lá se vão 15 anos, desde a estreia em 1997 do arrasa quarteirão e muito, mas muito bacana MIB. Em escalada no cinema com Seis Graus de Separação (1993), Os Bad Boys (1995) e Independence Day (1996), o primeiro MIB transformou Will Smith, em astro definitivo. O segundo (2002) foi uma questão de tempo, mas uma perda do mesmo. Já MIB 3 – Homens de Preto 3 (Men in Black 3, 2012) de Barry Sonnenfeld, é uma ficção engraçadinha, para se divertir, mas dispense o pífio 3D.
Depois de escapar de uma prisão de segurança máxima na Lua, o alienígena Boris, O Animal (Jemaine Clement) vai atrás de seu algoz na Terra: o Agente K (Tommy Lee Jones, o perfeito sisudo), que arrancou seu braço e o prendeu para sempre. Mas o seu plano não será apenas matar K, e sim o jovem K (Josh Brolin, que rouba a cena) e mudar o curso da história. Para evitar a mudança fatal no destino de K e consequentemente da Terra, o agente J (Will Smith, um grande fanfarrão, como sempre) dá, literalmente, um salto e volta no tempo para tentar resolver a situação.
Equilibrando comédia e ação, a terceira aventura dos Homens de Preto (que originalmente vieram de HQs) é eficiente e nada mais que isso, mas tem vários problemas. Piadas repetidas (troque a citação de que Michael Jackson é um alien por Lady Gaga), furos no roteiro (viagens no tempo é um convite ao furo; a historinha entre K e O, que levantam possibilidades para ser simplesmente esquecida no terço final; entre outras) e afins não dão somente a impressão, mas a certeza de que o roteiro foi remendado aos montes. Pelo menos a cena final nos anos 60 dá uma arredondada.
Na produção destaque para a trilha sonora do espetacular Danny Elfman, que revisita o maravilhoso tema de 97 e o design de produção do oscarizado Bo Welch. No elenco Will Smith mantém o nível de fanfarronice do personagem, Tommy Lee Jones aparece pouco, mas permanece o perfeito sisudo (além da mudança de comportamento na trama), enquanto Emma Thompson é subaproveitada com uma cena constrangedora (discurso alienígena) e quase nada mais. O melhor é Josh Brolin como a cópia perfeita de Tommy Lee Jones, que faz até piada com a pouca idade no longa, e o ET bonzinho de Michael Stuhlbarg.
A melhor piada se refere ao artista Andy Warhol (Bill Hader), seguido pelas citações de Mick Jagger e Justin Bieber. Funciona como a famosa luz que apaga da nossa memória a infeliz parte II, mas ainda é bem distante da surpreendente obra de 1997, que corajosamente mistura com competência ficção e comédia.
NOTA: 6,0
INFORMAÇÕES ESPECIAIS
Filmografia do diretor de Barry Sonnenfeld: A Família Adams 1 e 2 (1991; 1993); MIB-Homens de Preto 1 e 2 (1997; 2002); Grande Problema (2002); Férias no Trailer (2006); Concorreu ao Urso de Ouro em Berlim e ao Globo de Ouro de filme (comédia ou musical) por O Nome do Jogo (1995); As Loucas Aventuras de James West (1999) foi o grande vencedor do Framboesa de Ouro com cinco prêmios, incluindo de Pior Diretor (Barry Sonnenfeld) e Pior Filme;