A Dama na Água (Lady in the Water, 2006) de M. Night Shyamalan
O filme: Cleveland Heep (Paul Giamatti) descobre uma Narf (Bryce Dallas Howard), uma criatura vinda do Mundo Azul para ajudar os homens, em especial um escritor, que tem como missão escrever algo que vai inspirar toda a humanidade a escutar sua voz interior, a voz da razão, do sentimento puro e da paz.
Porque assistir: bem vindo ao mundo mágico de M. Night Shyamalan, que nos apresenta mais uma vez um mundo particular com personagens estranhos e de situações incomuns. Um tema original, de uma mitologia tão irreal como qualquer outra, além do uso de temas subjetivos (alguns até demais), alguns sustos e um clima de mistério indefinido no ar.
Paul Giamatti está tímido e cômico, naturalmente e Bryce Dallas Howard é maravilhosa de tão pura e frágil.
Melhores momentos: a vingança contra o crítico de cinema e a primeira aparição da ‘Dama’ (Bryce Dallas Howard), pressentido de um clima de tensão e lances de imprevisibilidade.
Um tema original, de uma mitologia tão irreal como qualquer outra, além do uso de temas subjetivos (alguns até demais), alguns sustos e um clima de mistério indefinido no ar.
Pontos fracos: de narrativa irregular, na medida em que a história avança, seu nível de suspense compete de igual para igual com lances de comédia involuntária e frases de efeito.
Um roteiro que alterna entre a facilidade de transparecer a simplicidade de suas mensagens de fé, e sentimentos nem sempre fazem da sua fábula uma perfeita história de ninar.
Na prateleira da sua casa: o cenário é um condomínio que funciona como um microcosmo do mundo, habitados por tipos esquisitos que beiram o caricatural, com analogias a sentimentos de perda, proteção e sua busca de um sentido maior para a vida.
Mas quem são os Scrunts, os Tartutics e a Grande Eatlon? Personagens do seu mundo particular que habitam a obra onde tudo que Shyamalan pede é que escute sua voz interior e acredite no que se passa no seu mundo imaginário.
Afinal, o cinema ainda é um lugar mágico em que podemos sonhar.