Um Homem Comum (A Common Man, 2013) de Chandran Rutnam
O filme: um homem misterioso (Ben Kingsley) planta diversas bombas na cidade de Colombo, no Sri Lanka, e ameaça detoná-las. Em contato com o Chefe Geral de Polícia local (Ben Cross), ele negocia a liberação das bombas ao pedir que quatro grandes terroristas sejam imediatamente libertados da prisão. Um confronto ideológico e mortal entre a verdade e o dever está criado.
Porque assistir: se você é interessado em filmes sobre o terrorismo e/ou é fã de Ben Kingsley, Oscar de melhor ator por Gandhi (1982). Ou gosta de filmes trash.
Melhores momentos: a virada ética do personagem misterioso, um discurso de intenções (que acaba um pouco longo demais) e a cena final (apesar de pouco provável), num embate visual e de saída sutil para fechar a obra.
Pontos fracos: não sei nem por onde começar, devido o tamanho do desastre que é o resultado final – e maior até que a explosão que abre o filme de clima televisivo. A trilha sonora, que insiste em aparecer a cada segundo, é irritante;
O roteiro é tosco, repleto de situações mambembes, de elenco e atuações constrangedoras. As cenas de ação são algo meio ‘Trapalhões’ e os personagens (como o hacker, os terroristas bizarros e a repórter – que atende um celular ao vivo, no ar!? entre outras coisas) meio ‘Zorra Total’;
O que poderia ser um bom filme (e incomum) sobre o terrorismo, acaba por findar numa comédia involuntária totalmente patética. E na abertura eu jurava que era um filme super sério.
Na prateleira da sua casa: exceto pela interpretação de Ben Kingsley e alguma vontade de Ben Cross, o filme é um grande festival de amadorismo. Inaceitável.