Acompanhante Perfeita (Companion, 2025) de Drew Hancock
Certos filmes, às vezes, chegam sem muito alarde, sem prometer muita coisa, mas entregam bem mais do que a gente espera. É o caso de “Acompanhante Perfeita” (Companion, 2025), de forma bem discreta. O filme é um verdadeiro achado, trazendo uma premissa refrescante e original, para dar uma pausa nas intermináveis sequências, remakes ou reboots que estamos um tanto saturados de ver nas telonas. A ideia é tão interessante que indicaria ao espectador não veja nenhum trailer e ler o mínimo possível sobre o filme, dessa forma não estraga as várias surpresas e reviravoltas guardadas aqui.
Para falar um pouco (sem spoilers) podemos contar que a história gira em torno de um sujeito, um tanto tóxico, que leva sua namorada para passar o final de semana, em companhia de amigos, numa casa luxuosa, no meio do nada e com pouca comunicação com o mundo exterior. Um prato cheio para que coisas terríveis aconteçam, certo? A premissa batida de filmes de terror ganha contornos inesperados e uma mensagem que vai surpreender, com muita sagacidade e inteligência, abordando temas em alta nos dias de hoje.
A produção aqui é dos mesmos criadores do excelente “Noites Brutais” e segue um linha similar: tudo pode acontecer. Destaque ainda para a atriz revelação Sophie Tatcher, da série Yellowjackets, interpretando uma “mocinha” bem fora dos padrões.