Caçadores de Obras Primas (The Monuments Men, 2014) de George Clooney
O filme: durante a Segunda Guerra Mundial, uma improvável pelotão – composto por especialistas em artes, professores, curadores e militares com pouca ou nenhuma experiência em campo de batalha, é montado dentro do exército dos Aliados. Os ‘Caçadores de Obras-Primas’ são encarregados de resgatar obras de arte roubadas e escondidas pelos nazistas em meio ao caso e horror da guerra.
Porque assistir: filmes sobre a Segunda Guerra Mundial são muito comuns, mas a questão aqui é revelar uma história real que não havia sida tão explorada ainda. Baseado no livro de mesmo nome adaptado pelo diretor George Clooney em parceria com Grant Heslov, ao jogar luz sob algo esquecido dentro da história de forma leve, mas nunca estapafúrdia, a fita funciona como uma espécie de produto de sabor vigoroso.
O elenco é charmoso e incrível (George Clooney – Oscar de coadjuvante por Syriana, 2005; Matt Damon – Oscar de roteiro original por Gênio Indomável, 1997; Bill Murray – indicado ao Oscar de melhor ator por Encontros e Desencontros, 2003; Cate Blanchett – Oscar de coadjuvante por O Aviador, 2004; John Goodman – Globo de Ouro de melhor ator numa Série de TV (comédia) por Roseanne, 1993; Jean Dujardin – Oscar de melhor ator por O Artista, 2011).
E o melhor é que ninguém no longa toma para si a atenção. A equipe funciona tanto no filme/trama quando para o resultado final da obra, onde com cada um faz a sua função/papel de maneira bem satisfatória.
Melhores momentos: as descobertas das ‘obras-primas’; a ‘relação’ entre Matt Damon e Cate Blanchett; todas as falas, caras e bocas de Bill Murray; ao final há um curioso registro de fotos e filmagens com os ‘caçadores de obras-primas’ reais.
Pontos fracos: a mistura de gêneros e alguma comédia podem afastar os ávidos espectadores de filmes de guerra e ação.
Na prateleira da sua casa: lançado após a temporada de premiações, e antes do período de alta na bilheteria, Caçadores de Obras-Primas foi lançado meio que no limbo do calendário cinematográfico, sem destaque que merecia.
Com seu lançamento em DVD, Blu-ray e Paper-View/TV a Cabo, o público tem uma nova oportunidade de descobri mais um belo trabalho do diretor e roteirista George Clooney. Assinado com um parceiro de longa data no cinema (Grant Heslov, o mesmo em Boa Noite, Boa Sorte – 2005; e Tudo Pelo Poder – 2011, ambos indicados ao Oscar de melhor roteiro), a fita tem um pano de fundo de guerra, mas não se encaixa exatamente num gênero somente. Seria um híbrido de filme histórico, drama e comédia em meio a guerra.
Nos extras do Blu-ray ‘cenas excluídas’; trailers; especiais ‘em suas próprias palavras’, ‘uma mulher entre os caçadores de obras-primas’, ‘a missão de George Clooney’ e ‘comandando o elenco’.