Gravidade (Gravity, 2013) de Alfonso Cuarón
Uma médica e especialista da Nasa (Sandra Bullock) faz a sua primeira incursão no espaço numa missão de manutenção no telescópio Hubble, juntamente com um experiente astronauta (George Clooney). Para o desespero da novata e surpresa do veterano, são atingidos por uma chuva de destroços decorrente da destruição de um satélite por um míssil russo, os deixando a deriva no espaço sideral.
Uma ode ao renascimento humano, a ficção dramática usa com propriedade o efeito 3D para nos jogar no espaço junto com sua protagonista (Bullock), na interpretação de sua vida. A luta pela sobrevivência rege uma viagem emotiva e impressionante. Condução incrível do diretor (e co-roteirista) Alfonso Cuarón, num filme que vai além do tecnicamente perfeito, mas que também é sensível ao fator humano e acaba por se tornar um marco na história do cinema.
O Conselheiro do Crime (The Counselor, 2013) de Ridley Scott
Um advogado (Michael Fassbender) encontra o amor (Penélope Cruz) ao mesmo tempo em que se envolve com o tráfico de drogas, numa negociação de U$ 20 milhões. Mas algo sai errado e seu contato (Brad Pitt) lhe dá a dica que a melhor saída é a de salvar a si mesmo, pois a sua vida agora pertence ao crime.
Um thriller sofisticado e excêntrico, como seus personagens e trama, principalmente espelhado em seus diálogos. Um roteiro que não desenha nada ao espectador sempre fugindo da obviedade. Uma obra para se descobrir quem é o predador e quem acaba por se tornar a caça num bom jogo de crime, bem arquitetado por Ridley Scott e ainda melhor jogado por um elenco acima da média (Fassbender, Pitt, Cruz, Javier Barden e Cameron Diaz).
Frances Ha (Frances Ha, 2012) de Noah Baumbach
Frances (Greta Gerwig) divide um apartamento em Nova York com Sophie (Mickey Sumner), sua amiga. Brincalhona e com ar de quem não deseja crescer, ela recusa o convite de mudança com o namorado para não deixar Sophie sozinha. Entretanto, a amiga não toma a mesma atitude e muda-se para um apartamento melhor. E assim Frances sai em busca de um novo lugar, já que ela é apenas aluna em uma companhia de dança sem grandes perspectivas.
Fotografado num belo preto & branco, tão vivo quanto sua protagonista, que pulsa com sua vida simples, mas cheias de pequenas alegrias. Greta Gerwig constrói uma Frances tão crível, capaz de ser identificada até mesmo como uma amiga sua. E que sutileza para explicar o há, do seu sobrenome… Uma dramédia para ser descoberta.
Os Suspeitos (Prisioners, 2013) de Denis Villeneuve
No dia de Ação de Graças, duas meninas desaparecem misteriosamente num subúrbio americano. Ao surgir o primeiro suspeito (Paul Dano), o pai de uma delas (Hugh Jackman) acredita na identidade do raptor e decide fazer justiça com as próprias mãos. São 2h30 minutos de drama intenso, tensão crescente e uma trama policial incrível.
Seu diretor subverte toda a história e nos aprisiona em medo, como os pais das crianças desaparecidas. Um conjunto impecável de roteiro e elenco que impressiona, principalmente com as emocionantes atuações de Hugh Jackman e Paul Dano. Há ainda as sutileza de Jake Gyllenhaal e Melissa Leo e o complemento de luxo de Viola Davis, Terrence Howard e Maria Bello. O importante não é encontrar os culpados, mas como a ação afeta seus personagens para sempre.
Invocação do Mal (The Conjuring, 2013) de James Wan
Com sua família cada mais mais apavorada devido a fenômenos sobrenaturais que a atormentam, Roger Perron (Ron Livinston) resolve chamar dois demonologistas mundialmente conhecidos, Ed (Patrick Wilson, muito, muito bem) e Lorraine (Vera Farmiga, de excepcional entrega). O que eles não imaginavam era ter que enfrentar uma entidade demoníaca poderosa, que demonstra ser a maior ameaça às suas carreiras.
Um terror de primeira, com uma história bem construída e baseada em fatos reais. Com grandes e aterrorizantes sequências, a fita é capaz de provocar tanto medo no espectador que após assisti-lo acredito que é melhor dormir de luz acesa.
É O Fim (This is the End, 2013) de Seth Rogen e Evan Goldberg
Os comediantes Seth Rogen e Jay Baruchel vão em uma festa na casa do ator James Franco, com diversas celebridades no local, como Jonah Hill, Rihanna, Michael Cera e Emma Watson. Mas após um terremoto, que se revela o dia do julgamento final, os convidados ficam presos no local esperando que o mundo pare de acabar.
O clima é de humor nonsense e auto paródia, a começar pelos personagens, os quais os comediantes interpretam a si mesmos. As piadas bacanudas brincam com seus colegas e dia a dia de Hollywood, seus filmes e até personagens. Mas a grande piada do filme diz respeito a boy-band Backstreet Boys e o céu. Para não levar a sério e se divertir muito.