Camille Claudel 1915 (Idem, 2013) de Bruno Dumont. Elenco: Juliette Binoche e Jean-Luc Vicent
Inverno de 1915. Após o fim de um tumultuado romance com Auguste Rodin, Camille Claudel (Juliette Binoche) está confinada por sua família em um asilo no sul da França.
Drama baseado nas cartas trocadas entre Camille e seu irmão Paul, e nos prontuários médicos do asilo que a acolheu. Entre crises violentas e reações frias, há uma boa notícia: em breve receberá a visita de seu irmão, Paul (Jean-Luc Vicent).
Além do desespero interno da sua internação física, uma de suas maiores frustrações é o de saber que nunca vai esculpir novamente. Claudel também acha que pode ser assassinada por meio de comida envenenada a mando de Rodin – numa atitude que a faz preparar a própria comida, autorizada pela administração do asilo.
Um filme permeados de gritos, barulhos e divagações, mas acima de tudo feito de silêncios. Num local como aquele, a pessoa entra normal e sai um louco, certamente. É impossível não entregar os pontos e cair em parafuso. E a fragilizada Camille Claudel é mais uma vítima da situação. Uma obra de narrativa extremamente lenta, com belíssimas paisagens e locações, e que se sobressai, pela entrega emocional de Juliette Binoche.