Área Q (Area Q, 2012) de Gerson Sanginitto
Unir alienígenas e mensagem de espiritismo num mesmo filme funciona? Após ter o filho desaparecido sem ter deixado vestígios, um jornalista americano (Isaiah Washington) é convocado a fazer uma matéria sobre possíveis contatos alienígenas no Brasil, na chamada Área Q (entre Quixadá e Quixermobim, no interior do Ceará).
A primeira ficção científica do Brasil (co-produzida com os EUA) é divertida, tem paisagens belíssimas e utiliza ideias diluídas de Contatos Imediatos de Terceiro Grau (1977) e Contato (1997). Sua primeira metade é simples, bem construída e até tensa. Em se tratando de uma produção de baixo orçamento possui efeitos especiais decentes, mas peca na edição embolada (com flahbacks de flashbacks) e em, principalmente, forçar a barra com uma mensagem de vida.
No elenco há a participação dispensável de Tania Khallil, como personagem sem sentido e apática atuação. Isaiah Washington é um bom ator, Murilo Rosa não compromete, mas o grande destaque vai para o hilário guia cearense Eliosvaldo (interpretado com muito jeito pelo carioca Ricardo Conti). Se não levar a sério se torna uma diversão ligeira.
NOTA: 6,0