O Durão (Get Hard, 2015) de Etan Cohen
O filme: quando o rico empresário James (Will Ferrell) é pego por fraude e condenado à prisão em San Quentin, o juiz lhe dá 30 dias para colocar seus negócios em ordem. Desesperado, ele pede ajuda à Darnell (Kevin Hart) para se preparar para a vida atrás das grades.
Porque assistir: comédia rasgada com personagens/fórmula batida (opostos que se completam), mas que faz rir com seus exageros.
Recomendo ver a versão legendada, pois a dupla Will Ferrell (Mais Estranho que a Ficção, 2006) e Kevin Hart (Padrinhos LTDA, 2015) é uma metralhadora giratória de piadas. A cada palavra, uma brincadeira, geralmente pesada.
Primeiro longa-metragem de Etan Cohen (não confundir com um dos irmão Coen, Ethan, com H) mais conhecido como roteirista de Trovão Tropical, Madagascar 2 e Homens de Preto 3.
Melhores momentos: o talher enfiado na testa de Will Ferrell é ao mesmo tempo agonizante, mas hilário. A decisão de levar o culto e hétero James para um “brunch-gay” para que ele faça sexo oral, é sensacional. Assim como as lições de palavrões e como entrar numa gangue. Detalhe para o apelido do ricaço, que vira Mayo, diminutivo de Maionese.
Pontos fracos: trama curta que envolve fraude (ou o crime que ele não cometeu), com cheiro de previsibilidade no ar. O exagero é comum ao gênero e aqui os personagens não deixam por menos.
A maldade sonsa do veterano Craig T. Nelson (Polteirgeist – O Fenômeno, 1982), no papel esquemático do futuro sogro, e a beleza e nada mais de sua “filha”, Alison Brie (da série Community, 2009~2015).
Na prateleira da sua casa: inédito nos cinemas, a Warner lança o DVD e o Blu-ray (preço estimado R$ 69,90) com muitos extras. Entre eles, erros de gravação, variações de um mesmo diálogo, a malhação de Kevin Hart, Ferrell lutando e muito mais. Mas a vantagem da cópia em alta definição é sua “versão sem cortes”, com seis minutos a mais do que a versão exibida no cinema.