Coleção Duro de Matar (DVD – 5 filmes, Fox)
Duro de Matar (Die Hard, 1988) de John McTiernan
Duro de Matar 2 (Die Hard 2: Die Harder, 1990) de Renny Harlin
Duro de Matar – A Vingança (Die Hard with Vengeance, 1995) de John McTiernan
Duro de Matar 4.0 (Die Hard 4.0/Livre Free or Die Hard, 2007) de Len Wiseman
Duro de Matar – Um Bom Dia Para Morrer (A Good Day to Day Hard, 2013) de John Moore
O filme:
1. O policial John McClane (Bruce Willis) chega a Los Angeles para passar o Natal com a família. Sua esposa, Molly, trabalha numa empresa multinacional no Nakatomi Tower e durante a festa de fim de ano, um grupo de terroristas, comandados por Hans Gruber (Alan Rickman), invadem o local e fazem todos de reféns. Eles só não esperam que um policial destemido possa atrapalhar seus planos.
2. Na véspera de Natal, Molly está num avião que descerá em Washington. Á sua espera está John McClane, quando o aeroporto é invadido por terroristas, que controlam a torre de comando. Usando suas habilidades e instintos, McClane entra novamente em ação e tenta impedir um desastre.
3. O policial John McClane está separado e abandonado em Nova York. Quando um terrorista chamado Simon (Jeremy Irons) explode uma avenida da cidade e promete explodir outros lugares movimentados, McClane é chamado para entrar em ação. Agora com um parceiro acidental, Zeus (Samuel L. Jackson).
4. John McClane (Bruce Willis) é convocado para escoltar o hacker Matt Farrell (Justin Long, meio bobão), de Nova York para Washington. Enquanto isso, os EUA são atacados por terroristas tecnológicos, deixando o país á beira de um blecaute digital.
Em meio ao caos informatizado (energia, transporte, comunicações e bolsa de valores em colapso), o hacker bobão pode ter a conexão certa para resolver a situação.
5. John McClane vai até a Rússia em busca de seu filho, agente da CIA, metido numa trama que envolve um terrorista russo condenado.
Porque assistir:
1. Um dos filmes de ação mais importantes de todos os tempos. Mudou o gênero para sempre, apresentou um protagonista carismático e que sangra, capaz de salvar o mundo com dignidade e certo grau de plausibilidade.
2. “McClane está de volta, ainda mais duro de matar”. Essa era a publicidade da época e apesar de simplória e direta, é extremamente válida.
Muita ação, tensão e um boa dose de heroísmo do nosso policial preferido. O cara errado, no lugar errado, mas na hora certa.
3. Uma mudança de cenário. Saímos de um lugar fechado para Nova York, ameaçada por um terrorista que quer vingança, além de algum ouro.
Um filme policial de primeira, com a chancela digna da série cinematográfica.
4. Com seu senso de humor peculiar e suas saídas inusitadas para as situações mais absurdas, McClane mais uma vez faz tudo que poderíamos esperar de Duro de Matar: cenas espetaculares, frases de efeito e um herói com carisma até a tampa.
Fácil de assistir e demonstrando ser uma excelente diversão (com direito a uma ponta curiosíssima de Kevin Smith), 4.0 consegue agradar tanto a geração (analógica) que viu o primeirão (1988), quanto para os novos fãs (digitais) que não perdem nenhuma novidade tecnológica.
5. Aos fãs da série, apenas para cumprir tabela e lamentar que o quinta seja tão fraco. Mas se tem algo que ainda salva a produção de um fracasso é o esforço de Bruce Willis em resgatar o carisma do seu personagem mais famoso.
Como na falta de paciência em lidar com o trânsito em um país onde não domina a língua, McClane está lá, mas em um contexto completamente diferente.
Melhores momentos:
1. Muitos, como ao amarrar uma mangueira de água, McClane pede a Deus para não morrer, antes de uma sequência de ação emocionante.
Ou “Ho-ho-ho agora eu tenho uma metralhadora“. E ainda o vidro que corta seus pés (e tome sangue de herói). Sem esquecer da sua comunicação com o parceiro – à distância – Al Powell.
2. Vários, como a sequência em que McClane tentar salvar um avião do pouso errado. Quando ele foge de granadas de uma forma, digamos, ejetável. E na sequência final do rastro de combustível que segue até o avião.
3. As sequências em que McClane e Zeus têm de obedecer a Simon, numa espécie de gincana terrorista. São muitos momentos de tensão, incluindo um “passeio” de táxi no Central Park.
4. A forma ‘peculiar’ de John McClane de derrubar um helicóptero.
5. A primeira sequência de ação até engana, com uma perseguição de carro pelas autoestradas Russas, mas capotar o carro daquele jeito põe tudo a perder.
Pontos fracos:
1. O “ajudante” motorista da limusine. Apesar de divertido, pode ser esquecido.
2. O policial que comanda o aeroporto, que tenta atrapalhar McClane.
3. McClane saindo pela tubulação de Nova York, como um desenho animado.
4. Cenas de ação exageradas, por vezes passam do ponto. Até para a franquia.
5. As piadas estragadas pelo filho, de carisma zero, inversamente proporcional a John McClane. As reviravoltas injustificadas da trama. As cenas de ação exageradas. Parece uma fita de ação comum de locadora, fora do padrão Die Hard.
Uma trama pra lá de rasteira, que até mesmo uma reviravolta no final é desenvolvida de maneira sofrível. Para completar, o que não faltam são diálogos que ofendem qualquer fã de cinema. Os espectadores são tratados como estúpidos e os personagens precisam explicar tudo, quando o óbvio está em cena.
Na prateleira da sua casa: Duro de Matar (1988) é um marco na história do cinema. Funciona como um divisor de águas no cinema de ação, além de consolidar a imagem de Bruce Willis como astro.
Marcou a mudança do escopo, a estética e o rosto do herói de ação, enfim, mudou o gênero filme de ação para sempre.
Bruce Willis/John McClane incorporou o novo herói, que sofre, sangra e sabe fazer justiça sem parecer um daqueles brutamontes sem cérebro. Ele pensa, age e resolve. E ainda tem um maravilhoso senso de humor.
O festival de barbaridades continua muito bem com Duro de Matar 2 (1990), transferindo a ação de um prédio para um aeroporto.
Duro de Matar – A Vingança (1995) retorna com uma história que faz conexão com o vilão do primeirão, numa trama que coloca Nova York sob alerta.
Uma franquia cinematográfica essencial, mesmo com as bobagens (divertidas) do (exagerado) 4.0 (2007) e um quinto filme (Um Novo Dia Para Morrer, 2013) completamente fora do padrão.
Ainda assim, como diz o bordão de John McClane: “Yippee Ki Yay…”
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Extras: a Fox lança o quinto filme da saga de John McClane, Duro de Matar – Um Novo Dia Para Morrer (2013) em duas versões, estendida (101 minutos) e a versão de cinema (98 minutos), e outros extras. Conteúdo especial Blu-ray: cenas excluídas; Fazendo o Duro de Matar; A anatomia de uma perseguição; Dois indivíduos parecidos; De volta à ação; A nova cara do mal; Pré-visualização; Sequências de efeitos especiais; Storyboards; Galeria de conceito artístico; Trailers; Comentário em áudio na versão estendida; Maximum McClane. Conteúdo especial DVD: cenas excluídas; Trailer. (Colaborou: Thiago Sampaio)