No programa de número 2 do CLUBE CINEMA, Daniel Herculano conversa com o cineasta Vinícius Reis, diretor e roteirista de “Homem Onça” (2021). Situado no final dos anos de 1990, a obra investiga como a história do país reflete e interfere na vida pessoal de Pedro (Chico Diaz). O foi selecionado para o 49o Festival de Cinema de Gramado, com distribuição da Pandora Filmes.
Vinicius Reis usou uma experiência pessoal como inspiração para o roteiro do longa: “meu pai era gerente numa das maiores mineradoras do mundo, a Vale do Rio Doce. E em 1996, a empresa passou por uma reestruturação radical, que culminaria na sua privatização no ano seguinte. Depois de duas décadas trabalhando para essa companhia, meu pai não podia ser demitido e foi forçado a se aposentar. Antes disso, foi obrigado a demitir sua equipe… tudo isso teve o efeito de um tsunami em sua vida.”
No filme, Pedro tem uma vida estável de classe média com sua mulher Sônia, interpretada por Silvia Buarque, que procura um emprego, e a filha adolescente, Rosa (Valentina Herszage). Pedro trabalha numa das maiores estatais do país, a fictícia Gás do Brasil. Tudo parece caminhar muito bem, um projeto de sustentabilidade desenvolvido por ele ganha um prêmio internacional, o que parece garantir o emprego de sua equipe, apesar da crise que a empresa começa a enfrentar.
Porém, mesmo o sucesso do trabalho de seu time não garante a segurança do emprego de todos e Pedro é forçado a tomar atitudes drásticas. “Homem Onça” (2021). acompanha esse processo através de duas linhas narrativas que se entrecortam e convergem: Num futuro não longínquo, o protagonista não vive mais no Rio de Janeiro, mas em uma pequena cidade, com uma nova companheira, Lola (Bianca Byington, melhor atriz coadjuvante no Festival de Gramado).
Confira agora o programa na íntegra: