Lugares Escuros (Dark Places, 2015) de Gilles Paquet-Brenner
O filme: a trama acompanha a história de Libby Day (Sterling Jeris/Charlize Theron), única sobrevivente e testemunha de um horrendo massacre que a deixou sem mãe e irmãs. Acreditando que a matança tenha sido obra de um culto satânico, a garotinha testemunha no tribunal contra seu próprio irmão (Tye Sheridan/Corey Stoll).
E 30 anos após os assassinatos, Libby é abordada por uma sociedade secreta, especializada em investigar crimes não resolvidos, e é obrigada a relembrar sua tragédia familiar. E assim o passado volta a atormentá-la através de Lyle Wirth (Nicholas Hoult), que faz parte de um grupo amador chamado “Clube da Matança”.
Porque assistir: baseado no segundo livro de Gillian Flynn, a mesma de Garota Exemplar (2014), segue pelo mesmo estilo de suspense policial.
O elenco também atrai, principalmente pela condução contida de Charlize Theron (Mad Max – Estrada da Fúria), ideal à sua personagem travada pela vida, e seu “ajudante”, um curioso e prestativo Nicholas Hoult (Meu Namorado é um Zumbi).[tribuna-veja-tambem id=”9685″ align=”alignright”]
Melhores momentos: o encontro entre Charlize Theron e seu irmão, na penitenciária; A descoberta do bizarro “Clube da Matança”. E em todas suas cenas, Chloe Grace Moretz (O Protetor) chama bem a atenção, como uma rebelde que seduz o irmão da protagonista.
Pontos fracos: ao escolher a sua narrativa (confusa) com constantes flashbacks, a resolução final deveria ser uma pancada com uma suposta grande virada final, o que não ocorre. O que acaba por denotar apenas uma escolha que não gera algo surpreendentemente grande ou funcional para o filme. Na verdade apenas faz com que o espectador tenha mais atenção sobre idas e vindas da história.
Na prateleira da sua casa: do mesmo diretor de A Chave de Sarah (2010) e A Prisioneira (2009), é um suspense policial interessante, apesar de truncado. O ponto de partida é bem instigante (o que realmente aconteceu naquela casa durante a noite? Quem é o assassino?), mas o resultado final não chega exatamente a empolgar. Contudo, Charlize Theron (Oscar de melhor atriz por Monster) brilha e escapa ilesa.