Carol (Idem, 2015) de Todd Haynes
Cate Blanchett nunca esteve tão bonita neste romance ambientado na América dos anos 50 em que é a personagem título, Carol. Casada com Harge Aird (Kyle Chandler), mas leva a vida e o relacionamento de aparências. Presa ao casamento pela boa condição financeira que vive e pela boa criação do filho, Carol não ama mais seu marido, e tem histórico de casos passionais. Em um dia de compras para o Natal, se apaixona à primeira vista pela vendedora Therese Belivert (Rooney Mara), com quem passa a viver um intenso romance.
Com uma belíssima atuação, Blanchett (vencedora do Oscar de melhor atriz por Blue Jasmine e coadjuvante por O Aviador) desfila com tamanha classe na tela, que fica impossível não se apaixonar por ela.
Rooney Mara (indicada ao Oscar por Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres) também se entrega (literalmente) muito bem, em uma trama sobre o amor proibido pelo preconceito da sociedade americana.
Com um tom que varia entre o dramático e o sensível, Carol é um filme lindo. Classudo em cada detalhe, da fotografia ao uso das cores (principalmente o vermelho), da cenografia ao figurino. Além da doce, e por vezes, amargurada trilha sonora, cativante.
O filme é a adaptação do livro The Price of Salt (1952), escrito por Patricia Highsmith, mas que usou o pseudônimo Claire Morga por ser baseado em fatos reais. Entre outras adaptações da obra da autora ao cinema estão Pacto Sinistro (1951), O Talentoso Ripley (1999) e As Duas Faces de Janeiro (2014).
Carol concorreu à Palma de Ouro em Cannes, teve seis indicações ao Oscar 2016 (Melhor Atriz-Cate Blanchett; Atriz Coadjuvante-Rooney Mara; Trilha Sonora; Roteiro Adaptado; Fotografia e Figurino) e acumulou outras cinco ao Globo de Ouro (Melhor Filme-drama; diretor; trilha sonora e atrizes para Blachett e Mara).
Sem extras, filme já está disponível em DVD pela Paramount/Universal home vídeo.