Unidas Pela Esperança (Military Wives, 2019), chega aos cinemas nesta quinta-feira, dia 14 de janeiro, nas cidades de São Paulo, Fortaleza, São Luis, Natal, Recife, João Pessoa, Belém, Aracaju, Brasília, Porto Alegre, Alphaville, Guarulhos, São José dos Campos, Campinas, Jundiaí e Santos, com distribuição da Califórnia Filmes.
Estrelado por Kristin Scott Thomas e Sharon Horgan, Unidas Pela Esperança, de Peter Cattaneo (Ou Tudo ou Nada), conta a história de um grupo de mulheres de diferentes origens, cujos parceiros estão servindo no Afeganistão. Diante das ausências de seus maridos, namorados e familiares, elas se reúnem para formar o primeiro coral de esposas militares, ajudando umas às outras neste que é um dos momentos mais difíceis de suas vidas. O projeto dá tão certo, que as levam rapidamente ao estrelato internacional. Mas as diferenças em suas personalidades podem colocar tudo a perder.
Há dez anos, um grupo de mulheres prometeu dar apoio umas às outras através da música – e assim foi formado o primeiro Coral de Esposas de Militares, na base do exército de Catterick, no norte de York – Reino Unido. Inspirado pela popularidade do Coral, o longa-metragem de Peter Cattaneo Unidas Pela Esperança (Military Wives) é baseado na história real desse pequeno grupo de mulheres que se uniram e provocaram um movimento mundial – que agora atende a mais de 2300 pessoas em todo o Reino Unido e em suas bases militares no exterior.
O produtor Rory Aitken foi apresentado a este fenômeno através do radialista Gareth Malone, com a popular série de televisão da BBC “The Choir: Military Wives”, que documentou a criação do segundo coro de esposas de militares, em 2011. “Isso me emocionou de uma forma totalmente inesperada”, diz Aitken. “Causou em mim o que os melhores filmes causam. Foi um soco no estômago, o que eles fizeram naquele documentário foi descobrir uma pequena parte da sociedade sobre a qual nunca poderia imaginar, e que realmente passa por um período difícil de suas vidas. E elas aproveitam o poder da música para se erguer. É realmente extraordinário”.
O produtor Ben Pugh recebeu o documentário de Aitken e imediatamente sentiu que o material era perfeito para o cinema. “A combinação da vida real e da luta dessas esposas e namoradas, que ganham voz através do coro, é completamente universal, um pedaço do país que ressoa tanto de forma local como em outros países”, diz.
Peter Cattaneo, indicado ao Oscar® de Melhor Diretor em 1998, por Ou Tudo ou Nada (The Full Monty), admite que chegou ao projeto sem saber quase nada sobre as vidas das famílias dos militares em serviço. “Fiquei empolgado com um conceito que me permitia explorar um modo de vida que raramente foi visto na tela grande, além de fazer um filme com música e canto em sua essência”, lembra. Era essencial para os cineastas que o filme retratasse com precisão o cotidiano dessas mulheres, cujos parceiros estão no exterior arriscando suas vidas a serviço de seu país. “Nossa roteirista Rachel Tunnard se encontrou e conviveu com um grupo de esposas para obter detalhes e histórias sobre o mundo delas”, diz Cattaneo. “Ela teve algumas trocas bastante intensas e comoventes com elas e isso trouxe muita realidade ao roteiro”.
Quando Cattaneo começou a conhecer as verdadeiras esposas de militares, ele descobriu dois temas ricos no coração da narrativa: um grupo improvável de pessoas que se uniu através da música e a idéia que se espera de que essas mulheres “mantenham a calma e continuem” encontra ali suas vozes. “Nós conhecemos algumas esposas de militares muito corajosas e sinceras, que compartilharam histórias pessoais muito humildes, às vezes angustiantes e muitas vezes hilárias”, diz ele. “Fiquei impressionado com o seu humor honesto e ‘pé no chão’ e fiquei determinado a rechear o filme com esse tipo de comédia”.
Quando várias das mulheres reais pediram para fazer parte do filme como figurantes, a satisfação delas com o roteiro final ficou evidente. “Temos uma cena em que todos os soldados estão indo para a guerra, na qual nós usamos o maior número possível delas. Então, quando você assistir à essa cena, lembre-se de que são famílias reais de soldados dizendo adeus”. Embora os personagens e grande parte da história sejam ficcionalizados, foram feitos todos os esforços para honrar os enormes sacrifícios que as famílias reais de militares fazem todos os dias, diz o produtor Piers Tempest. “Eu acho que os melhores filmes têm uma verdade profunda neles e é isso que sentimos sobre essa história. Ninguém fala assim sobre elas, mas as esposas dos militares em serviço são as heroínas desconhecidas das Forças Armadas.”