Awake – A Vida Por Um Fio (Awake, 2007) de Joby Harol
Pra não fazer ninguém perder tempo, vou logo avisando que Awake – A Vida Por Um Fio (Awake, 2007), a estréia de Joby Harold, é um suspense bem fraquinho.
Clay (Heyden Christensen) é um milionário controlado por Lilith (Lena Olin), sua mãe, mas apaixonado pela secretária particular Sam (Jessica Alba). Clay vai ser submetido a um transplante de coração, a ser executada pelo médico e amigo Jack Harper (Terence Howard). Porém, ao ser sedado, Clay fica num estado que pode ouvir e sentir tudo que se passa durante a operação (mas sem conseguir falar ou se mexer), inclusive uma possível armação contra sua vida.
De premissa interessante (do estado de consciência anestésica), mas de desenrolar ridículo, como quando o roteiro faz (risivelmente) o protagonista sair do próprio corpo durante a operação, ou o plano patético dos vilões, e até mesmo a decisão nada justificável do personagem da mãe, descambando tudo num final pior ainda.
Apelando para cenas na mesa de operação, com direito até a close-ups desnecessários, e de texto podre e pobre, o diretor e roteirista Harold aposta também no elenco. Alba e Christensen fazem um jovem casal de beldades que personificam a inexpressividade, enquanto bons atores, como Terence Howard e Lena Olin, são relegados a coadjuvantes, conclamando Awake – A Vida Por Um Fio a se tornar um sonífero na veia.
NOTA: 2,2
INFORMAÇÕES ESPECIAIS:
Elenco: Jessica Alba é estrela de O Olho do Mal (2008) e foi indicada à Framboesa de Ouro de pior casal junto com Heyden Christensen em Awake (2007), a estrela de Jumper (2008) e indicado ao Globo de Ouro de coadjuvante por Tempo de Recomeçar (2001); Terence Howard, indicado ao Oscar e Globo de Ouro de ator por Ritmo de um Sonho (2005), atuou com destaque em Crash – No Limite (2004) e Valente (2007); Lena Olin, indicada ao Oscar de coadjuvante por Inimigos – Uma História de Amor (1989) e ao Globo de Ouro de coadjuvante por A Insustentável Leveza do Ser (1988);