Rocky V (Rocky V, 1990)
Fora dos ringues, Rocky aceita treinar um jovem com sede de sangue. O final é uma briga de rua desconcertante. Acrescente à mistura uma história de ciúmes entre pai e filho, protagonizado por Stallone e seu filho de verdade, um canastrão. A aventura leva o personagem não à lona, mas literalmente à sarjeta com esse filmeco, que manchou o nome do personagem do vencedor do Oscar de melhor filme, em 1976. Para “encerrar” de forma honrosa, o personagem voltou em 2006 em Rocky Balboa. De forma surpreendente, voltará aos cinemas com a variação Creed, em que treina o filho de Apollo Creed.
O Exorcista III (The Exorcist III, 1990)
Se o segundo (O Herege, 1977) já não precisava ter existido, o que dizer de um terceiro longa? O policial do original investigará uma série de assassinatos envolvendo religião. Entre sustos meia-boca, a trama apela para a recorrência de um exorcismo final, além de escalar um ator para o padre em questão, bem parecido com o Karras de 1973. Não funciona.
Highlander II: A Ressurreição (Highlander II: The Quickening, 1991)
A principal regra é que “a única maneira de matar um imortal é cortar sua cabeça”. Sabe o que acontece com o mentor (Sean Connery) do protagonista (Christopher Lambert) ao final do primeiro filme? É decapitado. E quem ressuscitou, para dar uma agitada na continuação (desnecessária)? O guerreiro imortal de Sean Connery, além de criar o conceito dos imortais como alienígenas do planeta Zeist. No pacote ainda fracos efeitos especiais e uma história/motivação dos personagens nulas e controversas.
Querida, Estiquei o Bebê (Honey, I Blew Up The Kid, 1992)
depois de um grande sucesso com uma aventura extremamente simpática e inventiva, a Disney decidiu inventar uma continuação. Após encolher as crianças, a saída para o ponto de partida da fita foi de inverter a ciência e esticar o bebê. Após algumas situações engraçadinhas, aborrece com suas piadas repetitivas, e, diferente de seu antecessor, não tem efeitos especiais impressionantes.
Robocop 3 (Robocop 3, 1993)
Protagonista nos dois primeiros, Peter Weller desistiu da segunda continuação e foi substituído por John Burke. Se o segundo (ok) já não empolgou tanto, a terceira parte parte para a avacalhação total. Robocop luta contra um projeto imobiliário, vira um herói dos sem teto, inventaram que ele voa e ainda tem de enfrentar um robô samurai. Com um clima longe da violência dos dois primeiros, a aventura flerta até com um tom infantil e bobo. Inacreditável.
Karatê Kid 4: A Aventura Continua (The Next Karate Kid, 1994)
Já não bastava ter aguentado “O Desafio Final”, que fechou a trilogia em 1989, nada se justifica um capítulo quatro. Coitado do Sr. Miyagi, que retorna para treinar agora uma garota orfã que tem uma águia como bichinho de estimação.Já cansada, a fórmula é reaproveitada de novo outra vez novamente. Quanta tristeza. Só serve mesmo como curiosidade de ver para crer, como uma péssima Hilary Swank se transformou em uma (merecida) bi-campeã do Oscar de melhor atriz (Menina de Ouro e Meninos Não Choram).
Um Tira da Pesada 3 (Beverly Hills Cop III, 1994)
Axel Foley é um dos personagens mais legais do cinema. Urdido na malemolência de Eddie Murphy, conquistou o mundo com os dois “Tira da Pesada”. O primeiro é a mistura perfeita de comédia e policial. O segundo, mais policial que comédia. Já sua terceira investida em Beverly Hills é bem mais comédia que policial. Mas é um sonífero sem graça. Com cenas de ação dignas do exagero de um desenho animado, e piadas que simplesmente não funcionam, a investigação da vez é dentro de um parque de diversões, onde George Lucas faz uma ponta. Só resta esperar pelo número 4, já anunciado.
O Corvo: Cidade dos Anjos (The Crow: City of Angels, 1996)
Adaptado de uma HQ obscura, o primeiro virou cult e carregou a maldição de ter matado seu astro, Brandon Lee. Dois anos depois uma continuação foi forjada, claro que com outro ator (o francês Vicent Perez), sem seu diretor original, mas com Iggy Pop “atuando”. A história é sonolenta e mais uma vingança/proteção é executada pelo “herói” noturno renascido das sombras. Só não é mais injustificável que uma série para a TV que saiu em seguida (e com outro ator na pele do “Corvo”), vendida para as videolocadoras na época como continuações do filme. E teve gente que engoliu.
Batman & Robin (Batman & Robin, 1997)
Não tem como defender. Um carnaval desmedido que coloca uma trama inacreditável, três vilões patéticos (Sr. Frio – Scharzennegger; Hera Venenosa – Uma Thurman; e Bane – Jeep Swenson), sequências montadas toscamente de trás para frente, uma comicidade sem graça e uma ação que não empolga jamais. Bat-card, super heróis com mamilos, Bat-girl (Framboesa de Ouro de pior coadjuvante para a “Fat-girl”, Alicia Silverstone) e fantasias prateadas completam a brincadeira de criança completamente vergonhosa. Com 11 indicações ao Framboesa de Ouro, incluindo pior filme, pior sequência ou remake e pior diretor. Merecia era ter ganho tudo.
Velocidade Máxima 2 (Speed 2: Cruise Control, 1997)
Após o sucesso surpresa da azeitada fita de ação, Hollywwod deu um jeito de fazer a mesma história, trocando um ônibus por um navio de um cruzeiro desgovernado. Com uma história sem sentido, Keanu Reeves pulou fora, mas Sandra Bullock continua tentando dirigir a situação, desta vez com um novo namorado (Jason Patrick), também do FBI. Não dá para engolir as fracas sequências de ação e um dos vilões mais vergonhosos que o cinema já viu (que triste, Willem Dafoe). Ah, e ainda tem Carlinhos Brown cantando “A Namorada”, ao vivo e a cores. Mereceu as oito indicações ao Framboesa de Ouro (incluindo pior filme e pior diretor), e venceu a estatueta de pior sequência ou remake.
Mortal Kombat – A Aniquilação (Mortal Kombat: Annihilation, 1997)
Adaptado do game homônimo, o primeiro é daqueles tão ruins que são bons e vale pela curiosidade de ver os lendários lutadores na tela grande. Mas já não tinha lá efeitos realmente especiais. Fez lá seu sucesso, e a continuação não tardou. Mas é como se fora o mesmo roteiro refeito com uma produção ruim e um emaranhado de embaraços. Nem Christopher Lambert encarou tamanha vergonha.