Ajuste de Contas (Grudge Match, 2013) de Peter Segal
O filme: Billy “The Kid” McDonnen (Robert De Niro) e Henry “Razor” Sharp (Sylvester Stallone) são grandes boxeadores do passado, que agora estão aposentados. As últimas lutas entre eles aconteceram há décadas, com uma vitória para cada um. Após uma jogada de um promotor de lutas novato (Kevin Hart), os boxeadores aceitam se enfrentar em uma última luta para desempatar o confronto histórico.
Porque assistir: para os iniciados no mundo cinematográfico, a comédia é um grande encontro de “atores/personagens” de Stallone e De Niro.
Stallone sempre será o eterno Rocky Balboa. Só para lembrar, o original de 1979 venceu o Oscar de melhor filme e seu protagonista indicado pela interpretação. De Niro venceu o Oscar de melhor ator por sua entrega na cinebiografia do pugilista Jake LaMotta, Touro Indomável (1980), filme também indicado ao Oscar.
A brincadeira aqui é ver um embate fictício entre Rocky Balboa X Jake LaMotta, com uso de fotos e filmagens antigas, piadas que pegam carona nos filmes do passado e em cada um dos seus protagonistas.
No elenco ainda temos bons talentos. O veterano Alan Arkin – como treinador doente, Kevin Hart faz o engraçadinho que tenta ser um novo Don King/promotor de lutas, Kim Basinger como uma velha paixão e Jon Bernthal o filho esquecido.
Melhores momentos: os confrontos verbais e o confronto virtual enter os pugilistas; as recordações do passado; o uso de fotos e filmagens antigas de “Rocky Balboa” e “Touro Indomável”, sempre acompanhando de piadinhas com a velhice.
Pontos fracos: algumas forçadas de barra de Kevin Hart; a exploração do drama entre pai e filho, mas nada que abale a qualidade do longa.
Na prateleira da sua casa: a deliciosa comédia é assinada por Peter Segal, o mesmo de Corra que a Polícia Vem Aí 33 1/3 (1994), Como se Fosse a Primeira Vez (2004) e Agente 86 (2006).
No elenco, Alan Arkin repete o papel do veterano nas últimas de Amigos Inseparáveis (2012), e Stallone repete a boa atuação de Rocky Balboa (2006). Kim Basinger já não é o furacão de A Fuga (1994), mas rende bem num papel com um toque dramático, que já havia rendido para ela o Oscar de coadjuvante em Los Angeles – Cidade Proibida (1997). E Kevin Hart, comediante de palco, faz uma boa transição ao cinema, no papel do promotor engraçadinho.
Ajuste Final (2013) não chega a ser um nocaute de risos, mas diverte bem e ganha por pontos com decisão unânime dos juízes como uma ótima diversão, sem contra indicações.