Linha de Frente (Homefront, 2013) de Gary Fleder
O filme: após uma ação que deixou criminosos mortos e um grande traficante preso, ex-agente infiltrado (Jason Statham) se muda com sua filha (Izabela Vidovic) para uma pequena cidade do interior americano. Depois que sua filha é provocada e bate num menino brigão da turma, inicia-se uma série de desentendimentos que culmina com a entrada de um perigoso local (James Franco) na jogada. O confronto entre o passado do policial e a gangue local não custará a começar.
Porque assistir: Jason Statham é um ator especializado em utilizar mais os músculos que a cabeça e aqui ele não decepciona. A curiosidade do projeto fica por conta de quem assina o roteiro: Sylvester Stallone, também produtor da fita.
A surpresa da vez é Kate Bosworth, em surpreendente momento como uma mãe drogada e desesperada. Ela já foi até Lois Lane em Superman – O Retorno (2006) e sempre utilizava sua beleza para conquistar seus papéis, vide Quebrando a Banca (2008) e no remake de Sob o Domínio do Medo (2011).
Melhores momentos: quando entra em ação, Statham corresponde, tanto com (rápidas) lutas corporais, quanto com a arma na mão. Seu melhor momento é quando é preso dentro da casa de James Franco e consegue se desvencilhar de alguns brutamontes.
Pontos fracos: uma atuação medonhamente deslocada de James Franco (de O Homem de Gelo, e indicado ao Oscar de melhor ator por 127 Horas), como um vilãozinho de interior e outra ainda pior, de uma esquelética Winona Ryder (de Cisne Negro), tentando encarnar uma vida-louca-crazy-bitch.
Na prateleira da sua casa: Jason Statham é o mesmo brutamontes de sempre, que funciona bem neste tipo de fita. Mesmo com os tons familiares – relacionado na trama com o relacionamento de pai e filha, o filme, que se passa em 2014, tem alma oitentista de fita de vingança/justiça com as próprias mãos. Cortesia da adaptação do livro de Chuck Logan pelas mãos de Stallone, que nessa função já concorreu até ao Oscar de roteiro original por Rocky, um Lutador (1976).
Seu diretor, Gary Fleder, chegou chegando com Coisas Para Fazer em Denver Quando Você Está Morto (1995) e emendou com a ótima produção Beijos que Matam (1997). Patinou em dose dupla em 2001 com o suspense Refém do Silêncio e a ficção Impostor. Adaptou bem o livro de John Grisham, O Júri (2003) e a história real No Limite, a História de Ernie Davis (2008).