A Teoria de Tudo (The Theory of Everything, 2014) de James Marsh
O filme: baseado no livro ‘Minha Vida com Stephen’ de Jane Hawking, o drama foca mais na vida universitária do físico Stephen Hawking (Eddie Redmayne), mais especificamente em seu namoro e depois casamento com Jane (Felicity Jones). Em meio às suas pesquisas/estudos e a construção de uma família, há a descoberta de sua doença degenerativa, esclerose lateral amiotrófica, na época chamada de síndrome do neurônio motor.
Porque assistir: todos os elementos que o Oscar ama amar estão aqui. O drama é baseado em história real, e na vida de uma personalidade respeitada e ainda viva, e em uma condição de saúde bem específica.
O bônus é Eddie Redmayne (o vilão de O Destino de Júpiter) em um “tour de force”, com todos os acessórios/muletas possíveis. Dificuldade na fala, locomoção, entrega emocional e drama familiar. Tudo junto num mesmo pacote. Claro, venceu Oscar e Globo de Ouro (drama) pela performance.
O drama concorreu ainda ao Oscar de melhor filme, atriz (Felicity Jones, excelente), roteiro adaptado e trilha sonora. Ganhou o Globo de Ouro de melhor trilha sonora e concorreu aos prêmios de filme (drama) e atriz (drama).
Melhores momentos: os primeiros encontros românticos de Stephen Hawking (Eddie Redmayne) e Jane (Felicity Jones); Desde a queda, a dura descoberta da doença; A formatura de Stephen Hawking e suas palestras mais popstar e menos cientista; e o papo reto entre Hawking (já com a voz computadorizada) e Jane, em que selam seus destinos.
Pontos fracos: o tom excessivamente leve, pasteurizado e bonitinho de uma vida com dificuldades, torna o filme mais comercial, palatável, contudo se distancia da vida “real”.
Na prateleira da sua casa: do mesmo diretor vencedor do Oscar de melhor documentário por O Equilibrista (2008) e da fita de espionagem Agente C – Dupla Identidade (2012).
A Teoria de Tudo já está disponível em DVD e Blu-ray pela Paramount/Universal, é um filme bonitinho, com uma história real recontada em tom de sessão da tarde.