Up – Altas Aventuras (Up, 2009) de Peter Docter
O filme: Carl Fredricksen é viúvo. Tem 78 anos e passou a vida inteira vendendo balões. Seu sonho (e de sua falecida esposa) era o de partir para uma grande aventura, rumo às florestas da América do Sul.
Depois de prender milhares de balões à sua casa e começar a voar, descobre que Russell, um escoteiro de apenas oito anos, também está a bordo.
Porque assistir: seus personagens são antagonistas de emoção, por estarem em momentos distintos de vida, mas que se complementam exatamente pela natureza comum de exploradores.
O Sr. Frederiksen (voz de Chico Anysio na versão nacional) tem uma rabugentice que chega a ser doce, enquanto a pentelhice de Russell torna-se ate agradável. Dá para entender? É como um reflexo da vida, incomum, mas verdadeira.
Melhores momentos: seu roteiro consegue dosar piadas físicas a sutilezas, aventura a nuances. É engraçado? Sim, mas não vai fazer você chorar de rir. É emotivo? Também, e mesmo tentando ser mais emocional do que atinja, ainda pode fazer você chorar de emoção.
A melhor sequência é a história do casal Frederiksen, digna de lágrimas.
Pontos fracos: não espere um ritmo frenético, com cenas de ação acontecendo a toda hora ou um humor fácil. E os bichos (falantes eletronicamente ou não) beiram a chatice.
Na prateleira da sua casa: todo filme que tem a chancela da Pixar já vem com uma enorme responsabilidade e o primeiro com a tecnologia em 3D não é diferente.
Conquista o espectador com uma introdução divinamente romântica (e até dramática), e com coragem, consegue oscilar (bem) entre a aventura, o drama e a comédia com desenvoltura e categoria.