Selma – Uma Luta Pela Igualdade (Selma, 2014) de Ava DuVerney
O filme: cinebiografia do pastor protestante e ativista social Martin Luther King, Jr (David Oyelowo), que acompanha as históricas marchas realizadas por ele e manifestantes pacifistas em 1965, entre a cidade de Selma, no interior do Alabama, até a capital do estado, Montgomery, em busca de direitos eleitorais iguais para a comunidade afro-americana.
Porque assistir: indicado ao Oscar de melhor filme e vencedor das estatuetas de melhor canção (“Glory” de Common e John Legend) – Globo de Ouro e Oscar. O drama apresenta uma soberba atuação de David Oyelowo (indicado ao Globo de Ouro de melhor ator – drama), e refaz momentos históricos dos direitos humanos da história recente da América.
Ah, e ainda tem Oprah Winfrey (também produtora) em aparições fortes.
Melhores momentos: as sequências na ponte, as caminhadas pela cidade de Selma e os momentos de resistência são emocionantes. A dor é grande e o sofrimento é real.
Pontos fracos: vendido como uma biografia do ativista Martin Luther King, Jr., a produção pode frustras alguns por se distanciar um pouco da vida particular do americano, e foca em apenas parte de suas ações. A vantagem é que o vimos como um homem falível, passível de erros, apesar de seguido e acreditado por milhares.
Na prateleira da sua casa: palmas com entusiasmo para a atuação de David Oyelowo, um inglês que convence como uma figura icônica americana.
Usado como uma ferramenta política do pastor Martin Luther King, o drama embarca em uma narrativa séria, mas de cunho religioso. O tom e o embasamento procede com muitos diálogos e discursos em igrejas e cultos, sempre com muita fé envolvida. O foco é a igualdade entres brancos e negros americanos, a começar pelo voto. Contudo a batalha é grande e a emoção está contida a cada confronto ideológico no drama. Um pouco didático, mas de realização digna, é um filme sobre fatos históricos que não podem ser esquecidos.
Selma foi indicado ao Globo de Ouro de melhor filme (drama), teve sua diretora (Ava DuVerney) também nomeada, a mesma dos elogiados I Will Follow (2010) e Midlle of Nowhere (2012). O filme tem 54 vitórias e outras 74 indicações em prêmios internacionais.