Transformers – O Lado Oculto da Lua (Transformers – Dark of the Moon, 2011) de Michael Bay
O filme: os Autobots e Decepticons se envolvem em uma perigosa corrida espacial entre os EUA e a Rússia. Mais uma vez o humano Sam Witwicky (Shia Lebouf) tem de vir em auxílio de seus amigos robôs, liderados por Optimus Prime. A batalha entre o bem o o mal tem um novo vilão, Shockwave, um transformer que governa Cybertron enquanto os Autobots e Decepticons se enfrentam na Terra.
Porque assistir: Michael Bay está cada vez mais descontrolado, megalomaníaco nas intermináveis duas horas e 37 minutos… E que tal envolver um fato histórico (a corrida espacial entre os EUA e a URRS, a chegada à Lua) como mero pretexto para o nada, e praticamente anula as histórias dos capítulos anteriores? Há lógica nisso?
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Mas ainda assim, para quem quiser continuar acompanhando a franquia, esse terceiro é ainda pior.
Melhores momentos: sabe o termo perda total? Quando, em vez da reparação do veículo, a seguradora paga uma indenização em dinheiro por ser mais vantajoso pagar o prejuízo do que consertá-lo? Pois é, a aventura é ‘quase perda total’, e sem a compensação financeira…
No terceiro capítulo da franquia Transformers, há o ganho do bom (e real) uso do 3D, mas isso é tudo de bom que posso falar sobre o filme. Só não ganha o carimbo de ‘PT’ pelos efeitos realmente especiais (que todos os milhões da produção podem justificar) e o espetacular 3D.
Pontos fracos: uma repetição de erros do segundo, só que pior, em maior escala. Seus momentos (supostamente) cômicos são somente ridículos. Um incessante uso da (péssima) trilha em momentos pretensamente gloriosos. Cenas de ação em looping infinito – explosão a cada 15 segundos, cortes tão rápidos que não percebemos o que acontece na tela, e que só não dão sono por causa dos efeitos sonoros berrantes.
Na prateleira da sua casa: o resultado final é algo entre um comercial de pasta de dente (ou seria de moda?) – cortesia do sorriso e das curvas de Rosie Huntigton-Whiteley (a alcunha modelo-atriz já diz tudo), vários videoclipes (quero ser) pop (de bandas como Linkin Park, My Chemical Romance e Goo Goo Dolls), uma grande campanha publicitária de carros (GM?) ou do poderio militar americano (com a mensagem ‘não mexa comigo, porque sou poderoso!’). E em 3D.
Escolha a opção que você preferir e perca quase três horas de vida.