Refém da Paixão (Labor Day, 2013) de Jason Reitman
O filme: estamos nos anos 80, numa pequena cidade interiorana dos EUA. Henry (Gattlin Griffith), tem 13 anos e poucos amigos. Sua única companhia é sua mãe, Adele (Kate Winslet), divorciada há muito tempo. Tudo muda no final de semana do Dia do Trabalho/Labor Day, quando Frank (Josh Brolin), um homem misterioso e ferido, pede ajuda e nos próximos cinco dias, Henry e Adele terão a vida modifica por esse estranho.
Porque assistir: as interpretações de Kate Winslet, como a mãe abandonada e consumida pela solidão, e de Josh Brolin (Bravura Indômita, 2010), uma ilha de mistérios e depois “marido” dedicado, são sensacionais.
A evolução do drama ao romance consegue destruir qualquer tipo de expectativa do longa, ao surpreender em seu desenvolvimento sutil e conseguir passear entre a tensão exasperante e uma bela história de amor.
Melhores momentos: como fazer uma torta de pêssego? Josh Brolin te ensina. Em outro momento, a tentativa de colocar em prática um plano e concretizar uma nova escolha de vida faz a tensão tomar conta da tela.
Pontos fracos: não chega a ser algo ruim, mas pontas desnecessárias de James Van Der Beek (como um oficial de polícia) e Tobey Maguire (como o Henry adulto), como uma forma de chamar atenção para a importância dos personagens, desnecessariamente.
Na prateleira da sua casa: nos extras do DVD temos ‘comentários do diretor Jason Reitman, do diretor de fotografia Eric Steelberg e do 1º assistente Jason Blumenfeld, além de cenas deletadas.
Winslet concorreu ao Globo de Ouro de melhor atriz (drama) e o filme é uma belíssima história que inicia no drama, passa pelo suspense e termina como um belíssimo romance.
Baseado no livro ‘Fim de Verão’, de Joyce Maynard, o romance é dirigida e adaptado por Jason Reitman. Realizador muito sensível, que tem em sua filmografia Obrigado por Fumar (2005), Juno (2007) – indicado ao Oscar de melhor filme e direção, Amor Sem Escalas (2009) – indicado ao Oscar de melhor filme, diretor e roteiro adaptado, e Jovens Adultos (2011).
Independente do título nacional, bregamente apelativo, se entregue ao prazer de assistir ao excepcional Refém da Paixão (2013), uma fita que merece aplausos.