A Morte do Demônio (Evil Dead, 2013) de Fede Alvarez
O filme: viciada em drogas, Mia (Jane Levy) é é levada pelos amigos Olivia (Jessica Lucas) e Eric (Lou Taylor Pucci) para uma cabana isolada na floresta, no intuito de realizarem uma desintoxicação. De surpresa, o irmão de Mia, David (Shiloh Fernandez), afastado dos amigos e familiares há tempos, também aparece, com sua namorada Natalie (Elizabeth Blackmore) à tiracolo.
As coisas se complicam quando os jovens descobrem que o local onde estão é na verdade amaldiçoada através dos tempos. A descoberta do Livro dos Mortos no porão libertam uma força demoníaca que pode se apoderar de seus corpos.
Porque assistir: é mais que uma digna refilmagem de um cult movie (A Morte do Demônio – Uma Noite Alucinante, The Evil Dead, 1981), que revelou o realizador Sam Raimi nos início dos anos 80, e produzido pelo seu criador.
Após o sucesso da primeira obra de terror, Sam Raimi assinaria ainda duas continuações, Uma Noite Alucinante 2 – A Morte do Demônio (Mortos ao Amanhecer), de 1987 – um misto de terror e comédia; e o terceiro, Uma Noite Alucinante 3 (1992), puramente uma sátira.
Na falta de uma figura conhecida, a trama deixa a tensão e a imprevisibilidade dominar sua trama. Nunca saberemos o primeiro nem o último que irá morrer. Ponto para o roteiro, assinado pelo diretor Fede Alvarez e Rodo Sayagues.
Melhores momentos: a cena em que a primeira possuída se revela, é de arrepiar; cenas da decapitação de membros e da língua garantem que essa nova versão é para ser levada muito a sério; O embate final é um belíssimo banho de sangue e não poupa ninguém.
Pontos fracos: a ausência da identificação de um “herói”, que seria o Ash (Bruce Campbell), na versão original. Mas que não atrapalha, em nada seu desenvolvimento.
Na prateleira da sua casa: uma diversão assustadora, e que traz ainda aos fãs da trilogia original de Evil Dead uma cena pós créditos que pode indicar o caminho para uma continuação bem elaborada.
No quesito técnico, destaque para os movimentos de câmera de Fede Alvarez – claramente um misto de homenagem e sentido de estilo vindo do produtor Sam Raimi. Além da escolha por cores que sempre remete ao perigo (verde fechado e vermelho – sangue, o que mais?) e tensão.