Jurado #2 (Juror #2) de Clint Eastwood
No Brasil, infelizmente, não tivemos a oportunidade de conferir o mais novo filme de Clint Eastwood nos cinemas, na tela grande. O motivo é que a Warner Bros. decidiu estrear o longa Jurado #2 (Juror #2, 2024) direto na plataforma de streming, MAX. Mas ainda assim, assistí-lo é uma experiência cinematográfica (apesar da tela pequena, digamos assim) imperdível, e por várias razões.
Seu diretor, mesmo ostentando seus 93 anos, Clint Eastwood, um dos mestres do cinema em atividade, já ganhou dois Oscar de melhor filme e direção (Os Imperdoáveis, 1992; e Menina de Ouro, 2005). Conhecido por sua habilidade em contar histórias complexas e emocionalmente envolventes, sua direção traz uma narrativa com profundidade e nuances de intriga ao filme.
A produção conta com um elenco talentoso. O protagonismo intenso de Nicholas Hoult (Mad Max – Estrada da Fúria, 2015), encontra o contraponto firme de Toni Collette (indicada ao Oscar de atriz coadjuvante por O Sexto Sentido, 1999). Um procurando encontrar uma saída para algo que acredita ser justo, enquanto a outra só quer descobrir a verdade, mesmo que ela custe algo maior para algum dos envolvidos.
Para completar temos o apoio luxuoso de J.K. Simmons (Oscar de ator coadjuvante por Wiplash, 2014) e Kiefer Sutherland (Os Garotos Perdidos, 1987), na pele de um padre.
Baseado em uma história original de Jonathan A. Abrams (o mesmo do ágil Plano de Fuga, 2013), estamos diante de um enredo Intrigante. Com a narrativa focada no ponto de vista de um jurado que enfrenta um dilema moral durante um julgamento de assassinato, somos capazes de levantar questões sobre justiça e o sistema judicial, ética pessoal e social, além da responsabilidade pessoal e moralidade.
Esquecido quase que completamente nesta época de premiações e indicações, Jurado #2 estagnou na nomeação de um dos Top 10 Filmes de 2024 pelo National Board of Review. Mas merecia muito mais reconhecimento.