A 21º edição do prêmio foi apresentada por Camila Pitanga e Silvero Pereira; Dira Paes e Seu Jorge ganharam o Troféu Grande Otelo de Melhor Atriz e Melhor Ator
A noite desta quarta-feira (10) foi inesquecível para o primeiro filme de Wagner Moura na direção, “Marighella”. O longa saiu da como o maior vencedor do 21º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, laureado com oito Troféus Grande Otelo: Melhor Longa-Metragem Ficção, Melhor Primeira Direção de Longa-Metragem, Melhor Ator, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Direção de Fotografia, Melhor Som, Melhor Direção de Arte e Melhor Figurino.
Premiação realizada anualmente pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, a cerimônia aconteceu na Cidade das Artes Bibi Ferreira, no Rio de Janeiro, e teve apresentação de Camila Pitanga e Silvero Pereira. Durante o evento, o ator também interpretou três canções: “Sujeito de Sorte”, de Belchior, “Maria Maria”, de Milton Nascimento e “Dias Melhores Virão”, de Rita Lee e Roberto de Carvalho.
A cerimônia foi transmitida ao vivo pelo YouTube da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais e pelo Canal Brasil, com sinal aberto para não-assinantes no GloboPlay. A transmissão no Canal Brasil/GloboPlay teve apresentação de Simone Zuccolotto e comentários da atriz Karine Teles. Com direção de Batman Zavareze e roteiro de Bebeto Abrantes, a cerimônia foi costurada com imagens de produções que marcaram a história do audiovisual.
O Troféu Grande Otelo de Melhor Atriz foi para Dira Paes (“Veneza”) e o de Melhor Ator, para Seu Jorge (“Marighella”). Zezé Motta ganhou na categoria Melhor Atriz Coadjuvante (“Doutor Gama”) e como Melhor Ator Coadjuvante quem ganhou foi Rodrigo Santoro (“7 Prisioneiros”).
Foram anunciados 32 prêmios, em quatro grandes categorias: longa-metragem, curta-metragem e séries brasileiras, escolhidos pelo amplo júri formado por profissionais associados à Academia Brasileira de Cinema, além do prêmio de Melhor Filme pelo Júri Popular, que teve votação pelo site da instituição. Como é tradição, a abertura dos envelopes foi ao vivo, auditada pela PwC Brasil.
O 21º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro homenageou as mulheres produtoras de cinema que, ao longo da história foram e são protagonistas na realização de centenas de filmes, dos mais diversos gêneros. Também foram celebrados os 60 anos do filme “O Pagador de Promessas”, dirigido por Anselmo Duarte (1920-2009), único longa-metragem brasileiro a conquistar a Palma de Ouro do Festival de Cannes, em 1962.
A 21ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro é uma realização da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais. Este ano o Prêmio conta com o Apoio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Governo e Integridade Pública (SEGOVI) e da RioFilme.
OS VENCEDORES DO GRANDE PRÊMIO DO CINEMA BRASILEIRO 2022
MELHOR LONGA-METRAGEM FICÇÃO
- MARIGHELLA, de Wagner Moura. Produção: Bel Berlinck, Andrea Barata Ribeiro, Fernando Meirelles por O2 Filmes e Wagner Moura por Maria da Fé.
MELHOR FILME – JÚRI POPULAR
- O Auto da Boa Mentira, de José Eduardo Belmonte. Produção: Mônica Monteiro, Fátima Pereira e Luciana Pires por Cinegroup.
MELHOR DIREÇÃO
- DANIEL FILHO por O Silêncio da Chuva.
MELHOR PRIMEIRA DIREÇÃO DE LONGA-METRAGEM
- WAGNER MOURA por Marighella.
MELHOR ATOR
- SEU JORGE como Marighella por Marighella.
MELHOR ATOR COADJUVANTE
- RODRIGO SANTORO como Luca por 7 Prisioneiros.
MELHOR ATRIZ
- DIRA PAES como Rita por Veneza.
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
- ZEZÉ MOTTA como Francisca por Doutor Gama.
MELHOR FILME INTERNACIONAL
- NOMADLAND – Nomadland (EUA) / Documentário / Direção: Chloe Zhao. Distribuidor brasileiro: Disney.
MELHOR FILME IBERO-AMERICANO
- EMA – Ema (Chile) / Ficção / Direção: Pablo Larraín. Distribuidor Brasileiro: Imovision.
MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO
- A ÚLTIMA FLORESTA, de Luiz Bolognesi. Produção: Caio Gullane; Fabiano Gullane por Gullane, Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi por Buriti Filmes.
MELHOR LONGA-METRAGEM COMÉDIA
- DEPOIS A LOUCA SOU EU, de Julia Rezende. Produção: Mariza Leão por Atitude Produções e Empreendimentos.
MENÇÃO HONROSA — LONGA-METRAGEM ANIMAÇÃO
- BOB CUSPE — NÓS NÃO GOSTAMOS DE GENTE, de Cesar Cabral. Produção: Cesar Cabral e Anália Tahara por Coala Produções Audiovisuais.
MELHOR LONGA-METRAGEM INFANTIL
- TURMA DA MÔNICA — LIÇÕES, de Daniel Rezende. Produção: Bianca Villar, Fernando Fraiha e Karen Castanho por Biônica Filmes, Marcio Fraccaroli por Paris Entretenimento e Daniel Rezende.
MELHOR CURTA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO
- YAÕKWA, IMAGEM E MEMÓRIA, de Rita Carelli e Vincent Carelli.
MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO
- MITOS INDÍGENAS EM TRAVESSIA, de Julia Vellutini e Wesley Rodrigues.
MELHOR CURTA-METRAGEM DE FICÇÃO
- ATO, de Bárbara Paz.
MELHOR MONTAGEM FICÇÃO
- KAREN HARLEY, EDT por Piedade.
MELHOR MONTAGEM DOCUMENTÁRIO
- RICARDO FARIAS por A Última Floresta.
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
- HENRIQUE DOS SANTOS E ALY MURITIBA por Deserto Particular.
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
- FELIPE BRAGA E WAGNER MOURA – adaptado da obra “Marighella: O Guerrilheiro que Incendiou o Mundo”, de Mario Magalhães – por Marighella.
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
- ADRIAN TEIJIDO, ABC, por Marighella.
MELHOR EFEITO VISUAL
- PEDRO DE LIMA MARQUES por Contos do Amanhã.
MELHOR SOM
- GEORGE SALDANHA, ABC, ALESSANDRO LAROCA, EDUARDO VIRMOND LIMA E RENAN DEODATO por Marighella.
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
- FREDERICO PINTO, ABC por Marighella.
MELHOR MAQUIAGEM
- MARTÍN MACÍAS TRUJILLO por Veneza.
MELHOR FIGURINO
- VERÔNICA JULIAN por Marighella.
MELHOR SÉRIE BRASILEIRA DOCUMENTÁRIO, DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE – TV PAGA/OTT
- TRANSAMAZÔNICA – UMA ESTRADA PARA O PASSADO — 1ª TEMPORADA (HBO e HBO GO) Direção Geral: Jorge Bodanzky. Produtora Brasileira Independente: Ocean Films.
MELHOR SÉRIE BRASILEIRA ANIMAÇÃO, DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE – TV PAGA/OTT
- ANGELI THE KILLER — 2ª TEMPORADA (Canal Brasil). Direção Geral: Cesar Cabral. Produtora Brasileira Independente: Coala Produções Audiovisual.
MELHOR SÉRIE BRASILEIRA FICÇAO, DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE – TV ABERTA
- SOB PRESSÃO — 4ª TEMPORADA (Globo). Direção Geral: Andrucha Waddington. Produtora Brasileira Independente: Conspiração.
MELHOR SÉRIE BRASILEIRA FICÇÃO, DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE – TV PAGA/OTT
- DOM — 1ª TEMPORADA (Amazon Prime Video) Direção Geral: Breno Silveira. Produtora Brasileira Independente: Conspiração.
MELHOR TRILHA SONORA
- ANDRÉ ABUJAMRA E MÁRCIO NIGRO por Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente.